Poemas : 

Papel Almaço

 
Tenaz era o elo que unia... Forte laço.
Parecia de uma dureza sem defeito.
Parecia que era forjado em puro aço.
Parecia que de laço de aço era feito...

Um poema deveria ter pernas e braços,
Olhos caprichosos e afiados ouvidos
Para que além de lido, fosse sentido:
Poema-filho, poema-folha, poema-palhaço...

Não me reprima pelo que digo e faço.
Sou uma mescla de feitiço e poesia.
A rede que teço de dia, de noite desfaço.
Penélope e Peri na Ilha da Fantasia.

Rasuro meu futuro em papel almaço.
Rasgo minha pele na busca perfeita
Da escrita favorita por mim eleita:
Liberta, liquefeita onde me liquefaço.

Perceba em meu dedos o inchaço.
É a persistência virulenta e ferina
Que acomete, arrebata e me domina
Deixando-me lento e um tanto... Lasso.









Gyl Ferrys

 
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