Meu coração grita você.
Ame-a. Por favor. Clemência!
Anuncie o nome desse amor,
depois de apor as reticências.
Peço-te. Grite, pois eu não posso,
é um senão, não é demência.
Por isso guardo aqui no meu peito
todo esse sabor, de te amar.
Perdoe se o poeta é brejeiro,
e que sorrateiramente flerta,
fazendo-se por vezes de menino,
para que você não o esqueça.
Quisera que o ontem fosse agora,
que o tempo não tivesse hora
para o tanto que temos a dizer.
Segundo, passa a ser demora.
Não, não posso dizer que te amo
como grita o meu coração.
Por isso faço de você poesia
no clamor dessa minha paixão.