… ao teu tempo
Há em mim um não sei que que me faz delirar
que me faz correr no tempo… ao teu tempo
há em mim uma cascata silenciosa,
quebrando o momento, no teu tempo
São sombras esvoaçantes, triturando o querer
que será essa não sei que que me faz delirar?
sabes? O começo de tudo, desse tempo no tempo
que teima em voltar uma e outra vez, sempre
despido, sem máscara, sem adornos… salvagem
Há em mim um não sei que, que me faz viver
no gemido de uma viola, fado… prenhe de ti
"...espanta-me o quanto ainda sou capaz..."
de declamar essa poesia, sem rima, vibrante
que se expele deste peito vivo, sem idade
Há em mim um não sei que que me faz delirar
que me faz correr no tempo… ao teu tempo
Escrito a 14/04/2021