Sonetos : 

VIA FÉRREA

 
Tags:  Sonetos 1998  
 
VIA FÉRREA

Era muito quente, úmido e escondido
Nas ravinas sinuosas das vertentes.
Onde, longe das casas e das gentes,
Andávamos em busca do insabido.

Ainda muito novo e convencido,
– Ou igual diziam lá, “dado a repentes…” –
Os seguia pisando nos dormentes
Dos trilhos suburbanos a corrido.

Mas, para não passar como covarde,
Tinha-de acompanhar sem dar vacilo
Aos vãos do pontilhão sem mais alarde.

Um monte de moleques era aquilo!
Que na linha do trem gastando a tarde,
Atravessava um tempo mais tranquilo.

Betim - 21 11 1998


Ubi caritas est vera
Deus ibi est.


 
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RicardoC
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