Ilhas, e mais ilhas,
Uma miríade de ilhas,
Neste mar também sem fim,
Cada vez mais intranquilo.
Aí se ao menos eu tivesse,
Um Porto Seguro,
Uma ilha que escutasse,
O meu apelo,
O meu desespero.
E vou-as vendo,
De um lado para o outro,
Tentando passar despercebidas,
Como se estivessem inoculas à ferrugem.
A cada dia que acordo,
Quero que seja um dia singular,
Desejava que nada fosse o que é,
Tão ferrugento.
Sou o único habitante desta ilha,
Que aos poucos vai cedendo ao tempo,
Mas não estou só,
Estou muito bem acompanhado,
Por esta duas companheiras,
Que se parecem querem-se eternizar,
A minha sombra e a minha solidão!
Diogo Cosmo ∞
Aeroporto
22/23-06-2024
'O egocentrismo, é o caminho mais curto,
para a ignorância'
DIOGO Cosmo ♾
12:42 02-05-2025