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Por nada

 
Tags:  poesia social  
 
Uma das minhas travessuras de criança
Era perseguir calangos e preás.
Os dois são inofensivos.
Mas a graça ou a desgraça de ser caçador,
Ou explorador, também me atravessou.
A caça não era para tirar proveito da caça,
Era para a carcaça da alma ou para a alma da carcaça.
Era uma espécie de caça esportiva,
Para saciar o insaciável,
Para contar o que não conta.
Era uma fome sem nome que consome os sentidos
E segue cegamente a brincadeira. Era tudo por nada.
Perseguindo calangos e preás,
Quando eu pisava num espinho,
Ou tropeçava numa pedra
Culpava quem tentava se salvar. Petrificava o coração,
Ficava com sangue nos olhos, Que não demorava a sujar as mãos. A dor da minha estupidez Ou a estupidez da minha dor, O calango ou o preá, Sem dever, ia pagar.

 
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magnoerreiraal
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Enviado por Tópico
iLA
Publicado: 18/05/2025 11:16  Atualizado: 18/05/2025 11:16
Colaborador
Usuário desde: 25/11/2024
Localidade: Terra
Mensagens: 1001
 Re: Por nada
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Coisas de criança raiz, acredito que raras crianças hoje em dia tem uma infância assim.

Os calangos poucos são vistos ainda e os preas sumiram faz tempo.


Reflexão nostálgica

Enviado por Tópico
iLA
Publicado: 18/05/2025 11:17  Atualizado: 18/05/2025 11:17
Colaborador
Usuário desde: 25/11/2024
Localidade: Terra
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 Re: Por nada
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Tenha um feliz domingo!

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