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Cedência

 
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Na soez rua de pele rude e nevoenta
Correm chiascos de poderosos gumes
E a alma nua, achada em tais volumes
Se deixa ao corte frio, não desatenta...

A cada golpe dado, a veia sangra
O visco atroz, fluído de ser palavra
e vai tonando a terra onde se lavra,
Crendo fazer segura a sua angra.

Talvez 'sperando toas para amarra,
Dessas qu' inda nao vê, nem vê a barra...
Lá pousa, parcos de ancora, os navios!

Extrema, dá o mote à tempestade...
Sem aviso, a obra feita p'la vontade,
Cede ao tempo o amor sem corrupios!


 
Autor
AlexandreCosta
 
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Enviado por Tópico
iLA
Publicado: 25/05/2025 23:29  Atualizado: 25/05/2025 23:29
Da casa!
Usuário desde: 25/11/2024
Localidade: Brasil
Mensagens: 393
 Re: Cedência
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No decorrer de uma boa vivência por vezes há que ter sabedoria quando na necessidade se cede, como que reconhecendo que a flexibilidade raramente cria mal entendimento.