Sonetos : 

Deixem-me ir nos braços mornos, que o Estio

 
Deixem-me ir nos braços mornos, que o Estio
Mandou mensageira a noite à cidade,
Disfarçado foi num beijo vadio,
Deixou uma carta à minha vontade.

Trémula estrela que me persuade,
Vi escaldante o teu corpo e despi-o,
Mas depois, mais sádico do que Sade,
Fi-lo cadáver e possuí-o frio.

Quem me impede de ir a ti, utopia?
Rasgar o teu ventre, melancolia,
Até mãos decepando, se agrilhoadas?

Maior liberdade é pensar que um dia,
Os vates das palavras sublimadas,
Verão frutos em formas nunca ousadas.

06 de Julho de 2010

 
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ViriatoSamora
 
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