Sonetos : 

Absorto na noite que me povoa

 
Absorto na noite que me povoa,
Diz-me do céu a estrela mais brilhante,
Do imenso universo escolhida à toa,
Pela voz do seu bicho mais cantante.

Mas nenhum canto natural se entoa,
Nenhuma força cósmica gigante
Pára a dor que faz doer sem que doa,
Nem a brisa tépida do levante.

Infinito o segundo em que se morre,
Quando se parte, mas já não se corre,
Por temor da vitória e da derrota…

Entre estar e não estar sem ver rota,
Não sente a alma o que o sorriso denota,
Seja ao menos tinta o sangue que escorre.

13 de Junho de 2009

 
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ViriatoSamora
 
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