Sob ossos e destroços
protejo os nossos.
Se necessário me faço
espada escudo e aço,
mas não deixarei os meus
à deriva!
Nosso protesto é gesto
que se faz todo dia
quando levantamos.
E mesmo quando dói,
andamos
Mesmo quando sentimos
não ter um "nós"...
Quando parece não
ter espaço para nós...
Nosso coração fragmentado
ainda se lembra que de fato,
Pertencemos!
Pêsames pelos sonhos
Que perdemos...
Mas pelos que nos restam,
Lutemos!
Nos espelhos vemos
Nossas feras
E também, nossos
Olhos-outono…
Amor-primavera...
Mesmo com nosso conturbado sono,
o cansaço jamais impeça
O laço que traçamos nessas
linhas paralelas,
finas e etéreas,
Que nos conectam
Desde várias eras
Que se manifestam em tinta,
dança, palavras, canto
Olhares e o manto
Que cobrimos
O que amamos!
Dedicado a todas as pessoas que enfrentam dificuldades emocionais e que se sentem ou já se sentiram sozinhas