Luso-Poemas
Sonetos : 

Apontas-me em riste o dedo da asneira

 
Apontas-me em riste o dedo da asneira,
Busco-te nos olhos sem que te veja,
És na vida quem mais peitos caleja,
Tanto és eterna como passageira.

Tens a marca indelével e primeira,
Por ti os fiéis se ajoelham na igreja,
Não sei onde estás onde quer que esteja,
Nem sei se és a minha última fronteira.

Vou esperar-te escutando os sons da harpa,
No meu alto adarve e peripatético,
Desarmado e com pensamento hermético…

E depois sem qualquer sentido estético,
Antes de embarcar na chata que zarpa,
Saco da pena e espeto-te esta farpa!

22 de Junho de 2010

Viriato Samora

 
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Num dia prenhe de tristeza baça
Pela porta entreaberta, sorrateiro
Sem te fazer mal, vens bater-me à porta
De nenhuma rima o teu nome é dono
A voz que clama assertiva e me chama
Aleatórios
Rá-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta!
Absorto nos pensares que desfocam
Reinventei-me na tua madrugada
Este soneto é para quem ficou
A sombra inquietante, volátil, feia
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Enviado por Tópico
AlexandreCosta
Publicado: 18/08/2025 14:35  Atualizado: 18/08/2025 14:36
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Usuário desde: 06/05/2024
Localidade: Braga
Mensagens: 1324
 Re: Apontas-me em riste o dedo da asneira
Uma pena carregada de desesperança e descrença, mas mesmo assim acho que os joelhos se prostraram...!

um abraço e boa semana

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