Sozinho,
Até que o silêncio respira em mim.
Nenhuma voz,
Nenhum gesto,
Apenas a minha sombra
Aprendendo a ser companhia.
No vazio,
Descubro o abismo,
E nele encontro um rosto:
O meu.
A solidão se abre
Como uma porta oculta,
E do outro lado
Sou eu
Inteiro, despido,
Finalmente presente.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense