Seu corpo, me fascina.
Sinto seu corpo...
Quente, arrepiado de prazer.
Teu cheiro...
O desejo aguça meu ofato.
Suas mãos...
Suaves me tocam com delicadeza,
Sua boca...
Linda com um sorriso marcante.
Seus beijos...
Gostosos, sabor de amor.
Seus abraços...
Fortes, amantes, aconchegantes.
Seu sorriso...
Largo, belo, sensual.
Seu olhar...
Sedutor, cativante embriagante.
Seu amor...
Meu prazer, meu tesão.
HOJE...
HOJE...
Hoje trago nas mãos
flores frescas para oferecer.
Quem por aqui passar
leva nas suas perfume.
Saudades me embalam,
deixo-me levar na balada
da canção feita serenata
cantada pelo estudante de Coimbra!
Ai!Ai! A vida que já não fáz sentido,
desejada é a partida
e o tempo que não chega...
Hoje era um bom-dia
para se apagar o sentido
da vida que não tem fim!
Findando o dia
levo comigo a esperânça,
nas madrugadas cansadas,
das noites mal dormidas,
pensando no que já perdi!
O tempo tem o seu tempo e,
Eu também tenho o meu.
A vida também tem o
seu tempo de viver na terra brava!
Sou flor tenho vida.
terei o meu tempo de viver e
de germinar para renascer
na primavera distante...
LuisaZacarias 16-02-2015
Um rosto anónimo
UM ROSTO ANÓNIMO
Meu rosto, anónimo me parece.
Difícil é encará-lo de frente
Mesmo que estenda as mãos
suplicantes em prece,
meu Sol, baixa para poente.
Ainda que desespere
Traga o meu peito em luta
Meu rosto é que mais me fere
Não o quero ver, cega quero ficar,
meu coração já não me escuta,
mas não quero viver, prefiro recusar.
Uma saudade imensa me sobe ao peito
Nem sei se hei-de rir ou se chorar
Meu Deus!? Porque me fizéste deste jeito?
Se adormeço para quê acordar?
Vou consumindo inquietações
Já o tempo me vai apertando
Quero esquecer as razões
Os dias passam iguais, vão passando.
Trago na boca sempre a mesma pergunta afogada
Porquê tendo tudo não tenho nada!?
Olho o espelho e não sou eu
Sou a menina que não cresceu
Mas esta viagem está no fim!?
E ainda nem sei ao que vim.
Podem todos rir de mim
Ainda não sei ao que vim.
rosafogo
Nem tudo pode ser dito por palavras
Nem tudo pode ser dito por palavras
quando os teus olhos partem
o meu coração
para dizer-te quanto me agradas
bastasse um poema
bastasse esta canção
de amor
paixão
mas o silêncio às vezes diz
melhor
aquilo que nos vai na alma
nem tudo pode ser dito por palavras
quando o sentimento é mais
que uma ilusão
para dizer-te adeus
tropeço
nas palavras
e caio à espera que me dês a mão
meu amor
meu amor
não estou a dizer nada que não soubesses
e posso dar-te tudo o que mereces.
quando acordei
quando acordei não posso dizer que encontrei o inesperado. aquela manhã, tantas vezes adiada, finalmente se revelava e nascia, contra a minha vontade, no ontem emaranhada. era como se ainda estivesses aqui, restos do teu riso continuavam presentes na cena, as tuas mãos a tocar-me, as minhas coxas entre as tuas, na mesma cama em que prometemos ficar juntos para sempre. a luz imprecisa daquela manhã não me permitia acreditar que o teu som havia cessado, restando apenas a ruidosa agonia dos espelhos a despertar-me para o indesejado, o inevitável e a vontade de não acordar. o itinerário do teu corpo era agora um teorema, a concretude definitiva da tua partida, na mesma cama em que a outro te entregaste.
Poema do livro Crônicas do Amor Impossível
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Poema do livro Crónicas do Amor Impossível
Humano , Jamais será "Demasiado Humano"
.
Todas as noites
quando o sol morre no meu olhar
viajo na escuridão
qual poema maldito
que às cegas destrói o relógio
que o tacto não consegue desvendar
mas...
é na incerteza da hora que encontro
a solução para a grave avaria
deste meu mergulhar no tempo
que se foi e nunca foi meu
e que vem, em regresso (e)terno
no espaço que transforma os céus
em saias de nuvens
em almas d´água fresca...
agora ...
só me falta ...
naufragar !
Talvez as paternidades nunca geradas
as maternidades nunca vingadas
gerem filhos
numa lista que em biliões de tempos aguarda
o degelo
para que o conforto tropical de novos oceanos
acarinhe e alimente um novo dia
em que todos os gerados, naturalmente, sem esforço,
em comunhão, e duma vez por todas, dêem as mãos
assim ...
mãe, pai, filho em sinónimo de todos os nomes e pronomes
semelhante de :
eu, tu , ele
nós, vós , eles ...
Luíz Sommerville Junior,In Luso-Poemas: 070420142311
.
A partir dum comentário que escrevi na Página da amiga Ray Nascimento
Venda-me
Venda-me
Venda-me os olhos para a luz do dia
Venda-me para que eu te veja com mãos de escutar
Venda-me com mãos que não matem
Com mãos que sufoquem
Com mãos que me agitem o desespero
Liberta-me
Desata-me o corpo e ata-me
Amarra-me aos teus pensamentos
Arrasta-me por nus momentos
De encontro às esquinas dos teus sentidos
Larga-me
No chão dos teus labirintos
Desamparadamente
E descaradamente
Atreve-te na minha carne
Consome enquanto arde
Enquanto é morna
Enquanto é sobra
Enquanto é gente
Toco a textura aveludada do pensamento e desço a avenida
O dia acorda e espreguiça-se num bocejo trémulo, as minhas mãos tocam o meu rosto, como se ao tocar-me fossem abençoar-me, e o toque das minhas mãos fosse o milagre da vida.
Faz tanto tempo que me vejo assim, como um milagre, todas as manhãs quando me olho, me levanto e comigo me encontro neste lugar de silêncio, sinto a paz que me envolve, os sons dos pássaros lá fora, são uma sinfonia aos meus ouvidos, anunciando o esplendor da natureza, enquanto o vento sacode as copas das árvores eu deixo-me ficar neste lugar mágico, aonde inspirar e respirar é como viajar e saborear os sentidos, é como beber o néctar da existência e degustar lentamente este cálice, num brinde a mim mesma em contemplação!
Toco a textura aveludada do pensamento e desço a avenida, como quem busca um caminho e toco as paredes das fachadas, como se ouvisse os sons por entre as paredes, e o bulício da cidade me convidasse a entrar e a sentar para ouvir outras vidas e outras histórias.
Em cada olhar, os meus passos dançam em sintonia com a textura das calçadas, cada passagem é uma coreografia íntima com a cidade.
As fachadas, são como as páginas de um livro urbano, revelam histórias ocultas, e eu permito-me ler por entre as linhas do concreto, absorvendo as narrativas que o tempo gravou. O bulício da cidade torna-se uma sinfonia, convidando-me a participar.
Ao sentar-me encontro outros capítulos, pessoas com histórias distintas, e em cada conversa, tecemos uma tapeçaria de experiências entrelaçadas.
Neste ritual diário, a vida desdobra-se numa poesia urbana, e eu sou a poeta, dançarina e ouvinte da minha própria história.
E escrevo como se viver fosse mais para além deste lugar, fosse mais para além da virtude de amar, e deixo-me ficar assim num vaivém a balançar o meu corpo ao ritmo desta melodia matinal que me envolve e me trás sempre cada vez mais para perto de mim.
Cada palavra é uma nota nessa sinfonia pessoal, onde a existência se revela como uma dança contínua, e eu sou a coreógrafa, moldando os passos no palco da vida.
Alice Vaz de Barros
Nada a dizer
O que dizer das mãos
se os dedos inábeis
já não tecem paixões?
O que dizer do sorriso
se afogamos nos lábios
nosso último gemido?
O que dizer dos olhos
se envoltos em inevitáveis fugas
já buscam abrigo?
O que dizer dos braços
se num caloroso abraço
te entrego à vida?
Restará, talvez,
o que dizer do lindo dia
que se fez à partida.
Nossas Mãos
Nossas Mãos
by Betha Mendonça
Gêmeas das mais unidas
Munidas de mil carícias
Aquecidas se doavam
Guiavam-nos e guardavam-nos
Um ao bem estar do outro
Selavam pactos d'amores
Acenavam breves adeuses
Eram quatro grandes Deuses
No antigo Totem Sagrado
Chama do Espírito de nós dois...
Aos nossos doridos prantos
Foram doces descansos
Remansos de nossas feridas
Feito de macias fibras
Vibravam em nossos peitos
Como um só coração
Nos tristes embalos dos dias
Embargos de desmedidas horas
Auroras viraram tempestades
Vontades tomadas de medos:
Dedos se apartaram da adoração!