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Sete amigos
Eu vou contar agora uma história
Que alguns tempos me contaram
Da amizade de sete amigos
Que juntos uma chácara compraram
A chácara tinha dois hectares
Uma casinha para um cuidador
E algumas frutas em dois pomares
Na frente tinha um casa de luxo
Com piscina, adega e até altares
Era cercada um muro bem alto
Há dois quilômetros do asfalto
Mas a ninguém jamais alugaram
Só um caseiro, com filho e mulher
Para o local aí então levaram
O caseiro era chef profissional
Cozinhava bem, sem ter outro igual
E a sua mulher também a ele ajudava
Todas sextas-feiras às vinte horas
O Grupo então aí se encontrava
Para comer muito e também beber
Em outra coisa o grupo não pensava
O filho terminando o ensino médio
Iria fazer medicina na Federal
Mas lá o aluguel era muito caro
E o pai não tinha com que pagar
Então, pediu um valor aos patrões
Para um apartamento poder comprar
Mas seus patrões lhe disseram
Que não poderiam lhe emprestar
Assim o filho não pode ir estudar
E o caseiro resolveu se vingar
Cada semana que passava
Um dos amigos iria envenenar
Primeiro foi o Clóvis, o mais rico
Que só gostava de Foie Gras
E só tomava Whisky importado
Que morreu naquele local
Passou-se mais de um mês
E ao segundo chegou sua vez
Era um agiota de todos conhecido
Que só comia caviar e toma vinho
Que vinha do Porto a ele enviado
Comendo o caviar envenenado
No outro dia amanheceu desmaiado
E dessa forma chegou ao final
E a assim foram morrendo um a um
Sem ter um motivo, não ficou nenhum
Assim o caseiro completou sua vingança
A chácara hoje se encontra abandonada
Lá não tem caseiro e não tem nada
As famílias não vão, nem por lembrança
E assim termina a história me contada.
jmd/Maringá, 19.09.25
verde
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