Entrei na tua noite adocicada,
Pelas tílias, fiéis guardiães
Do silencio puro que manténs,
E ofereces no final da jornada.
Entro em ti rasgando-te a madrugada,
Não me anunciam os passos os cães,
Viandante que eu sou, mas tu lá vens,
Lembrar-me que em ti se finou a estrada.
E dás-me então berço e cama e mesmo urna,
Pois se me dás luz na sombra soturna,
Dás-me o que se procura de verdade…
Acende-te a beleza a luz diurna,
Que em ti viu a primeira majestade,
E me aproxima da felicidade.
06 de Junho de 2011
Viriato Samora