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"(do)Inferno, sem ela"

 
"Colocai-a na terra e que de sua bela e imaculada carne brotem perfumadas violetas!"

(Hamlet) Cena I, Ato V









A apreensão de um dia comum, sem a voz dela
É. O ultimato que desdiz o ensaio que planejei
Onde não há cordas suspensas de uma espera
Onde não cabem os desejos que não considerei

Antes, porém, seria um sopro de viver e à vontade
Antes de querer as suas asas, seu corpo e predição
Nada que um pouco de dor amenize, eu sei, é tarde
Tarde pra um conto sem início e com um fim de chãos

Ela não determina o meu horizonte, pois está inerte
Em febre, caminho sob meus próprios erros cegos
Tanto quis a sua fúria, tanto fiz a cura e não me serve

Na exemplificação exata de perder a sua insensatez
Ela não existe mais. é apenas uma carta que encerro
Sem letras vivas, em cem casos iguais de cada vez






E eu caio de lá, ainda.

 
Autor
Philosophem
 
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