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ENTREGUE À SORTE

 


Paulo Gondim

ENTREGUE À SORTE
Paulo Gondim
09/12/2008

Viverei até quando for possível
Embora fraco, me pareça forte
Mesmo que o tempo algo me prive
Do muito que da vida contive
Nada será por mim desprezado
Faz parte do grande aprendizado

Renovar conceitos, reviver lições
Reaprender, reciclar, reviver
O que se pode ser aproveitado
O que ainda falta ser semeado
Para que se torne fruto
E possa ser guardado

Recordar álbuns de fotografias
Separar frases, juntar figuras
E, de retalho em retalho, um a um,
Coser a colcha que será calor
Para aquecer o que resta do amor
Que por vezes foi negado
Que em breve nem será lembrado

Um ciclo começa a se fechar
E que talvez se apague
Se nada serve para ser lembrado
Nova batalha surda se avizinha
No silêncio de min’alma sozinha
Desnuda, exposta na linha de corte
Não me acovarde e me entregue à sorte.
 
Autor
Paulo Gondim
 
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Enviado por Tópico
willians
Publicado: 10/12/2008 00:53  Atualizado: 10/12/2008 00:53
Da casa!
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 Re: ENTREGUE À SORTE
Que belo poema,muito reflectivo,adorei,parabéns!