Socramentários
O país foi a Paris. Esqueceu o caldo que o ontem-á-noite azedou, e foi de tanga, mesmo, que, de facto (ou fato???) vestido a preceito dava muito nas vistas, além disso as traikas já lho atacaram, coitado, parece uma peneira daquelas de trazer penduradas no rabo, quando é festa em Galas-de-baixo. O país foi a Paris, porque, convenhamos, de todas as capitais é a que luz mais - se calhar porque, à noite, há lá muitos luze-cus (ai, valha-me S. Plágido, espero que o meu amigo Gadanha não tome isto a peito e julgue que eu o estou a copiar a termo certo! - não estou, caro, luze-cus há muitos, falta ele, dão-lhe é muitos nomes e a gente até se confunde, e a gente até acha que já estamos a resvalar para a xenofobia, ou coisa assim... ai, esta língua portuguesa, tanto nos enrola!... ah, é verdade, por falar em língua que nos enrola... : o país foi a Paris comer uns "escargots", mas, carago, aquilo não é pro nosso paladar, um bom bacalhau à Zé do Pipo é bem melhor! Então, já que lá estava e pra não perder a viagem, vai de trazer o Zé... que o bacalhau está caro, mas cá por casa ainda se arranjam umas migas de paloco, faz o mesmo efeito... e o pipo, claro, falta o pipo!... ai é?... tá bem, o meu primo de Xistosa-do-Meio está-me aqui a dizer que ainda se arranja lá por casa um pipo (já lhe falta uma aduela...? deixa lá, a gente aperta-o com um cinto, o que mais para aí há são cintos que já não têm nada que apertar!...).
Mas estava eu a dizer que o país foi a Párris e lembrou-se dos paisanos que cá ficaram, a ver França por um canudo... trouxe-nos um souvenir-faz-tudo! Oh, gente de má memória, gente ingrata, honrai os vossos (i)lustres! Desiluminadas mentes! Ouvi agora, tintim-por-tintim, escarrapachada, a verdade vista de fora! É agora que o manuscrito se salva, a língua se desenrola, a epopeia se esclarece, o buraco se ilumina e, vós, mirrados peros lampos, aprendeis a comer escargots... pelo cu da TDT (Televisão De Todos)!