esvai o perfume nas veias
tutanas ao gládio trespassado
exalei as índoles
desagregados em depositados
e
o rubor britado que se lascava
em caudal de fendas
enxurrou-me de sumos florais
aprofundei-me
a coalescência abismava
erguida pelas raízes intravenosas
bastidores do cósmico
e
aracnídeos pendiam estrelares
iluminavam-me de negrumes
teias de sombras que salpicavam
onduladas na cascata gemida ao silêncio
impérvio sentido sentido
o espúmeo coagulava graníticos
venéreos de indómitos excídios
pulsadas ondas ao arenoso
tatuadas no osso
bruniam-me ao ímpeto
e
vulcanizavam-se tegumentos do cartilagíneo
sangues de rochedo colérico
adjudiquei-me ao magma
o manar pulverizava-se ramificado
vulcanizei-me araneídeo
© Bruno Miguel Resende