Quando ler poemas foi assemelhado ao recipiente de pãezinhos
Quando se tem um pet de estimação sempre haverá a curiosidade de como colocar um nome. Habitualmente inspirados no dizer da palavra mais franca para serem após devidamente batizados acolhidos em braços quentes. Exceto se fo-rem lebistes, é claro. Em que pesem tais contratempos e contrariedades, até estou contente e exalo tantos sorrisos quanto os raios do sol em dispersão.
Isso para ativar os poderes da lâmpada de Aladim sem que Cinderela surja maravilhosa mergulhando de cabeça em Atlantis onde seria mantida com cuidado pelo Príncipe Submarino adornada de nácar e perolas raras. Nem sempre queridas ou acessíveis e nem menos disponíveis. Somente raras mesmo.
Pois bem. Derramado em um copo certa porção de espumante ( esse que não pode mais ser chamado de champanhe em virtude de leis internacionais ) nenhuma das conclusões deveriam ser açodadas. E sim examinadas como a conferir o ponto cruz sob a ótica despojada dos antepassados de pincenez olhando dos retratos. Imperceptíveis seriam as eventuais críticas, se é que as há. Ou houve, não estou bem certo. Tenho, porém, a certeza que espíritos despojados admiram o modo relaxado, olhando de longe as delícias do Jardim do Éden sem tocar no pedúnculo do fruto proibido. A maçã pode ficar escondida nas mãos frias de uma Eva remasterizada, pós-graduanda de boa família e melhores amigos, mas de olhos vazios quando lê um conto de fadas. Nessas ocasiões vibram os cílios diante das peripécias da fada da luz, mas acho que nenhuma garota moderna liga mais para isso. Ao contrário, acham um saco ler poemas. Pensando bem, o problema é delas e não meu ou dos poemas.
Sofia e os seres da borda da Terra
Não foi sem tempo para que as bocas de leão florescessem exalando o odor característico dos cravos de defunto. Tudo sob a luz das estrelas e também para contentar os demais familiares que quando em quando, queixavam-se estarem esquecidos.
Encerrada em pensamentos um tanto sofismáticos para àquela hora da manha, Sofia surgiu vestindo um taier brilhante, prateado com penugens que farfalhavam diante do ventilador. Em seu interior amadureciam pensamentos como um caroço de abacate manteiga prestes a brotar ainda na casca. No topo da escada em caracol sentia na face as correntes de ar que de quando em quando arrancavam penugens do traje, fazendo-as voar pelo ambiente qual planador alçando as termais no sopé de montanha.
- Onde poderia fretar um Jet Sky a esta hora da noite? – pensou. – Que surpresas e perigos me esperam na borda da terra? Afinal de contas, sou apenas uma gota no oceano, um vaga-lume meio ao clarão das estrelas. Se bem que sempre é melhor que ser uma rã que não conheceu nem o pai e nem a mãe, sorrindo para os raios do sol sem óculos escuros.
No pé da escada, observando cuidadosamente rótulos de garrafas de vinho, Grimaldi limpava a teste várias vezes tentando torcer o saca-rolha com certa habilidade até prendê-lo no topo da rolha escolhida. Divertia-se com as observações de Sofia que um dia viu carregava o gatinho e divertindo-se correndo com os cabelos soltos num verde prado, a alma repleta de felicidade como no final de um conto de fadas. Sem tirar os olhos das rolhas, respondeu:
- Todos sabiam de antemão que não seria mesmo possível embarcar o jumento naquela canoa. Boa parte das folhas iria desviar-se e os pássaros iriam voar muito além do horizonte milagroso em chamas. Vi mais de uma vez as fotos das manifestações. Além dos riachos e do lago gostei quando veio a chuva e molhou o dossel verde da floresta. Foi bem feito para os que não foram prudentes levando um guarda-chuva.
Sofia sorriu ao ouvir aquelas palavras. Sempre sorria quando Grimaldi fazia comentários sobre seu corpo bem quando dizia frases sobre a natureza. Doa alto da escada, levantou o joelho de modo a quedar-se numa pose sensual e disse com voz macia:
- Ainda é de manhã. Os raios do sol sempre irão absorver a aura das pessoas. Mesmo a chuva na distância acabará ficando atrás das paredes brilhando a luz de um ou outro relâmpago ao meio dia. Se o sol pode ser assim tão brilhante entendo por que vivo e respiro neste universo. Nunca entendi esse seu parentesco com a dinastia Ming...
De repente, os ventiladores pararam de funcionar e uma rajada de vento vindo do alto fez com que ambos silenciassem e piscassem os molhos para evitar o turbilhão de areia. Algo amedrontada pelo repentino e inusitado fenômeno que acabara de presenciar, Sofia desceu as escadas como se estivesse recebendo calor direto de um alto forno numa sensação que dançava ao som de antigas polcas. Enquanto despencava escada abaixo, lamentava que não foi comprovada a existência da criatura peluda da floresta, descrevendo um perfeito redemoinho com piruetas oscilatórias que provocavam cócegas na garganta a ponto de ser obrigada a verter uma ou outra lágrima amarga. Foi preciso usar de energia para não ser ofuscada pela luz âmbar e manter os cabelos mais ou menos alinhados quando ficou de cabeça para baixo. Mas, tinha pouco apetite e o sono era leve quando afinal aterrissou elegantemente no carpete da sala de jantar.
- Sofia, minha querida!- disse Grimaldi. - Sempre vejo uma porção de sementes de vincas azuladas em você. Prestes a eclodirem e se integrarem à natureza fazendo companhia aos grãos de areia que se soltam das curvas de níveis. Sabe que amo a natureza mais do que amo sua mãe, se bem que não há regozijo nenhum em comparar grandezas assim diversas e tão descomunais. Sinto toda a pureza da sua alma ondulando na brisa que sopra cálida desde as bordas distantes...
Ao ser lembrada da existência dos povos que habitam as bordas da terra, Sofia interrompeu a fala de Grimaldi apenas com um gesto das mãos mostrando-lhe a outra face da lua cintilante não sem um translucido brilho de lágrimas. Calou-se algo triste lembrando-se do temido encontro. Mais cedo ou mais tarde, mais dia, menos dia, teria que defrontar-se com as chamadas do vento do mar aberto escritas em negrito zumbindo nos cabelos. O coração já apertado iluminava os zumbidos dos ouvidos e dizia em voo cego pelos desfiladeiros das altas montanhas que na parte inferior do lago Ness algo brilhava nas noites de luar. Decidida a não ser suplantada por energias negativas, varreu rapidamente o carpete espalhando as penas e penugens do coração.
- Que beleza – pensou, enquanto se abaixava para apanhar o lixo numa sacolinha de supermercado. – Este mundo é tão vasto e brilhante que o arco-íris tornou-se mais quente e com mais cores. Jamais pensei, mesmo num dia assim tão quente que a brisa iria calcinar as flores, cobrir as folhas e deixar o arco-íris com tantos tons de cinza.
Grimaldi calou-se também. Percebeu que havia feito a brisa parar e descansar à sombra de olmos e teixos. Uma pena para as flores que acabaram sendo coberta por fina camada de leite em pó desviado da merenda escolar. Olhou em volta como se procurando alguma das criaturas das hordas celestiais. Somente viu flores e suas duvidas e medos cederam à curiosidade maior diante das perguntas de Sofia sobre a possibilidade de bolotas de pinheiro serem polinizadas in vitro. Pensativo, viu apenas ao longe o espantalho do milharal num inverno quente, assistido por cavalos, vacas e ovelhas trazerem as cores dos prados e muita água cristalina do riacho.
Não quero que jamais tenha asas
"" Quando vejo os casais assim, alegres, rodopiando ao som de valsas num salão imenso, penso o quanto a luz de um entardecer triste pode refletir as gotas de orvalho recebendo a brisa cálida e suave sob esse esplendoroso pálio de estrelas.
Então, me surpreendo a desejar de modo egocêntrico, que não quero jamais que tenha asas.Poderá voar de encontro ao sol, me abandonando na solidão.""
Quando o silêncio dos trovões é mais forte do que o burburinho dos raios
“Não sorrio enquanto quando amarro os sapatos. Sorrisos seriam como bandeiras desfraldadas, exaltando a inutilidade atual dos cordões e amarrís diante da praticidade do velcro.”.
Creio que não deva mais dar atenção às pessoas que amaldiçoam o mundo inteiro. Assim como você, estou muito preocupado com determinadas questões semânticas ou mesmo questionando a interpretação teleológica. Tudo isso não importa desde que possamos juntos admirar um amanhecer. Só faça-me o favor de não furtar a neve das tempestades do inverno. Elas estão circulando e já notei que existem faixas de classificação para que possamos observar estrelas junto a uma fogueira. E decididamente, sem você, eu não poderia ouvir outro trovão ou ver a luz brilhante de um relâmpago.
Vou levar um guarda chuva para enfrentar ventos violentos, desmaios dos raios e impressões dos furacões. Sem falar nos drones dos ciclones que causam mais problemas agora do que quando estávamos juntos. Considero as importâncias tanto dos relâmpagos quanto dos trovões ouvindo sua voz sussurrando até que as velas se extingam vez que gosto sobremaneira de tirar o pós das letras antes de iniciar a leitura de um bom livro. Já os não tão bons assim, leio-os mesmo empoeirados. Afinal de contas, o silêncio dos trovões é mais forte do que a conversa dos raios entre si trocando faíscas de amor à lua da lua. Raios podem ser mudos e ter parentesco com velas de estearina mantendo, porém o orgulho. Fico mais tranquilo quanto aos trovões que ribombam a cada hora e 34 minutos.
Mas, continuando é importante dizer que em nenhuma família as cinzas dos antepassados foram obtidas através da chama da manga de um lampião a querosene. Suponha que por um momento, apenas por um insignificante e fugaz momento possa ser quebrado o vinculo existente entre a luz e o som percorrendo distancias iguais em tempos infinitamente desiguais. Daí a importância da distancia entre as pontas e o relâmpago bem como das cargas existentes nos cirros de encontro uns aos outros. A distância tem o poder de anular o som enquanto a luz brilha vez que há uma disparidade entre ambos, avaliada em 25.102.015 segundos em favor do relâmpago e em detrimento do trovão. Que poderá estar usando óculos escuros para não ser ofuscado.
Por outro lado, há de se considerar as permissões e certificados obtidos pelas faíscas conferindo o direito de terem som antes de emitirem luz própria. Trovões ais discretos mantém sempre a palavra empenhada espirrando quando são empurrados para cima de uma estrela correndo o risco de entornarem a Via Láctea. Acho mesmo que é mais importante o espocar da luz a apenas uma milha do pássaro voando descontroladamente numa troika já que a neblina esconde da matilha de lobos a trilhados penhascos, podendo todo som ficar perigosamente pendurado na borda.
O espírito das rimas andantes
“ Poupe seu dinheiro um pouco a cada dia. Quem voa em direção ao céu ouvirá sinos lilases.”
Aproveitei o intervalo e coloquei na palma da mão tudo que você deixou. Fui dormir, nem acordando com o barulho do coração quando instantaneamente baniu a felicidade. E dormir naquele momento, parecia atravessar uma tempestade de flocos da neve. Mas fui acordado por um barulho. Alguma coisa batendo nas costelas. Cheio de surpresa, não vi o milagre par compor a música com mais segurança quanto aos detalhes históricos.
È preciso mais que inspiração. Necessário se faz ter o corpo possuído pelos espíritos das rimas andantes. Acontece que estava ainda amarrando os cordéis dos sapatos quando fui obrigado a começar a responder às perguntas. Todas juntas ou uma de cada vez como convém. Mas juro sobre o túmulo que foi apenas amor.
http://palavrasdenscontruids.blogspot.com.br/
pássaros mudos
no fim do corredor,
sacudido telefone;
o sono em chapéus.
no fio de elástico
foto em branco e preto,
da porta sem chaves.
faltavam nuvens
num céu deserto.
solitários assistindo
em grande estilo
pássaros mudos
dançando rock roll.
Dançando na chuva sem guarda chuva sonhando com uma capa de rayon
“ Neste vasto mundos de engrenagens que nos move, quantas serão as pessoas apaixonadas que perdem o metrô todas as noites enquanto olham para as estrelas ?”
Leia apenas a primeira linha caso não acredite em mim. Se não quer ouvir as palavras que trago no lado direito da mão esquerda deixe o calor do vapor da chaleira deslacrar o envelope. Posso lhe dizer que há amores e pelos que crescem a cada dia embora não compreenda nem por um minuto. Toda a minha vida, até o fim recordarei a visão dos olhos suaves e dos cabelos macios. Numa estrada, sob chuva forte, com fome, frio e absolutamente molhado até os ossos, é impossível dizer a cor dos olhos, não por deslize meu, e sim pela absoluta ineficácia do meio utilizado para se obter uma resposta.
Deixemos então que feche os olhos verdes e durma. Que seu sono seja longo o suficiente para que os primeiros sonhos percebam o significado. Deixemos que chore sem saber por que esta chorando e durante o segundo movimento da Valsa dos Patinadores pode esfregar as mãos nos olhos. Por que isso é viver. Isso é a vida acontecendo, significando mais que simples sorrisos sem movimentos de pálpebras. Um riso com arquear de sobrancelhas revela os tons castanhos dos olhos que como todos, gostam de ver soldados marchando, fardados ou não. Armados mas amados, em tudo obedecendo e sorrindo para os que entendem o verdadeiro significado de um sorriso num campo de girassóis e o valor de uma paisagem refletindo o doirado da penugem do baixo ventre.
Deixemos todos os tons se revelarem nos olhos cinzentos ao alvorecer quando as sirenes do navio derem o toque de recolher. As gaivotas, a chuva, todos em fuga desabalada para executar os parafusos suspensos no céu de espuma de rayon. Em seus olhos negros sinto a febre de sensações flutuando num mar sonolento onde deslizam estrelas desde a aurora até o arrebol. Daqui onde estou, deste lado da manhã, queria poder mandar um doce beijo como consagração das reflexões havidas em todas as casas de todos os mortos para gaudio dos pastores presentes no réquiem em ré menor finalizado pelo discípulo.
Deixemos que os olhos azuis reflitam a lua no silêncio branco das emboscadas mal sucedidas ao vento do mar aberto. Há uma multa diária e o adeus será inevitável para a pantera provocando lágrimas no menino lobo sob os olhares sarcásticos do tigre. Não acredite no que os outros dizem sobre todas aquelas coisas que fazem pouco sentido quando são ditas poucas vezes pelas mesmas pessoas.
18112015
Feito extraordinário em circunstâncias desfavoráveis
Fatalmente teria que ser mesmo assim, até que um dia, quem sabe, poderia firma-se e deixar de ser como folha ao vento. À mercê dos caprichos e movimentos mesquinhos das frondes teimosas em não ceder. Além do que tudo neste mundo custa dinheiro e para cultivar flores sempre será mais que necessário encher um vaso de terra.
Mas... c'est la vie, como diriam os franceses, sem ligar para o que dizem os alemães obcecados pelo número sete. Uma planta na floreira pode morrer e brotar inúmeras vezes diante da estranha fúria do ataque das cochonilhas. Doença estranha essa. Causa acessos de fúria e grande angústia diante da visão sobre o muro dos resultados obtidos pela menina da vizinha. Criada a leite de cabra, diga-se de passagem. Ou en passant, como diriam aqueles mesmos.
Por falar nisso, morre-se sem queixas e rindo mais alto quando se tem certeza que a lâmina da guilhotina está bem afiada. Quanto mais algo assim como agradar ou enganar provocando ciúmes tanto em quem morre quanto em quem assiste. Muitos espectadores até pulam de alegria e certamente a maioria dos bingos oferece petiscos variados durante os sorteios. Com direito a mitigar a sede - não a de justiça mas, aquela que aparece logo depois de uma lauta salada de rabanetes.
Alguns ficam curiosos querendo imaginar como os consumidores podem duvidar de um comerciante honesto, caírem de bêbados enquanto flutuam no Mar Morto. Interferindo, é claro. Metendo o nariz em qualquer coisa como frequentemente em nossas vidas ocorre. Até que a morte venha e os banheiros públicos sejam limpos pelo menos uma vez ao dia. Sem contar os feriados e dias santos de guarda. Nem que seja necessário entoar um hino nacional a cada morrer.
Neste ponto, peço perdão por todo o tempo gasto. Não parece normal, por isso é que sempre digo que mesmo depois de morto o autor, o que está errado não deixará de ser aquilo mesmo indefinidamente. Sem oportunidade de ser defenestrado, colocado para fora da vida e ser obrigado a andar sem rumo. O que não deixa de ser extraordinário diante das circunstancias desfavoráveis para o caso em verve pelos últimos séculos e um monte de anos de lambujem.
O dia que o coração santo repetiu os nomes dos profetas lendo os rótulos dos vinhos
Num dia tão quente não deveria existir brilho na janela. Parece doentio a luz amarela atraindo borboletas para o vidro provocando repentina interrupção de um destino promissor.
Mas não tenha medo, Conscientemente é bom saber que tudo que assola o destino das irmãs fiandeiras deixa ansiosos deleites para perecíveis destinos. Entre outras coisas, barras de chocolate e latas de leite em pó não podem evitar o estrangulamento mesmo com aguda audição.
Neste aeroporto sempre é bom cobrir os olhos e se abaixar, crispando os dedos de modo visível, espalhando pitadas de dor e pólen. Com certeza, os pensamentos da águia rendem mais e sinto muito por não morrer e só desmaiar com a vela na testa. Vamos reinventar a produção da vida reconduzindo alunos ante o desvanecimento exacerbado do vinco entre as sobrancelhas.
Mas está na hora. Urge o tempo nas janelas reclusas nesta terça feira de agosto quando escrevo que outubro será vermelho para as meninas que vigiam e correm contra o mau tempo, descalças e servindo doses de vodca para um homem velho. Naquela câmara banhada pelo sol nada mais justo e inteligente que ouvir os soluços dos bêbados vestidos de púrpura e ouro. Em meio à miséria instalada dos ícones enegrecidos pela fumaça das piras de escarolas, pétalas de rosa se transformaram como vozes cristalinas do coro da igreja soando e repetindo incessantemente o nome do noivo.
E foi assim para a grandeza do universo que o coração santo repetiu os nomes dos profetas apenas lendo os rótulos dos vinhos.
O dia em que o anjo dormiu ao pôr do sol
Havia um anjo observando cuidadosamente todos os movimentos do leão. Santos em mantos cinza sempre usam linguagem comum quando saem para visitar um amigo levando livros sombrios abertos contendo os provérbios da sabedoria do pó de giz. Mineiros descem aos túneis e operários não abandonaram as obras depois que o leão foi abatido, cantando melodia de morte na escuridão de chumbo da savana. Rasguem os corações das crianças travessas em lágrimas. Lamentos lancinantes. Não houve pedido a Deus pela vida do leão. Sabiam que Deus não iria funcionar sem os olhos do anjo. Nas cavernas distantes, ao pôr do sol, imbuído no padrão simples de sonhos parcos, dando um laço preto nas asas e sem palavras, como neve esparsa na nevasca o anjo dormiu. Só uma exígua, estreita e estrita dormidela enquanto todos olhavam para o pôr do sol vermelho.