Sonetos : 

«« O poeta aos meus olhos ( VII ) ««

 
( Mar )
Consciência


Águas calmas tranquilizem a existência
Do que sou, homem perdido, de vida parca
Filho de um tempo regido pelo monarca
Rei e senhor, de um império em efervescência

Mar dos deleites, nos medos a consistência
Entre o sonho e a realidade, pobre abarca
Que me calças, ilusões, assim que embarca
Nessa nau, onde navega, a minha consciência

Mar revolto, não, não me olhes jamais
Vira-me as costas, sou filho infame
Sou poeta renhido, tentando igualar os demais

Enraizado nos delírios existenciais
Que fustigam a que bem alto brame
Homem, poeta, não me calarei jamais.

Antónia RuivoOpen in new window


Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.

Duas caras da mesma moeda:

Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...

 
Autor
Antónia Ruivo
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 26/11/2009 17:23  Atualizado: 26/11/2009 17:23
 Re: «« O poeta aos meus olhos ( VII ) ««
Nadei neste poema e não me perdi.

Gostei.

Bjs.

Enviado por Tópico
RoqueSilveira
Publicado: 02/12/2009 12:15  Atualizado: 02/12/2009 12:15
Membro de honra
Usuário desde: 31/03/2008
Localidade: Braga
Mensagens: 8104
 Re: «« O poeta aos meus olhos ( VII ) ««
Esta série de excelentes poemas, uma mais valia para o site e para quem lê. Parabéns Antónia. Beijo