Sonetos : 

Pudor

 
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Fomos juntos à treva, muito ousados
Amamos à distância, surpreendidos
Nós que andávamos sempre separados
Mas só no pensamento ficamos unidos

Espantou-me ao confessar aos brados
Que por mim, em muito, tinha sofrido
Não gostei de seu jeito despudorado
Disse-lhe que não trairia o seu marido

Você se desencantou com meu pudor
E disse que ia procurar outro amor
Eu deixei-lhe à vontade para fazê-lo

Pois eu jamais cometeria este pecado
Enquanto consigo alguém esteja casado
E este cuidado eu pretendo mantê-lo.

jmd/Maringá, 16.08.09




verde

 
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João Marino Delize
 
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Enviado por Tópico
GlóriaSalles
Publicado: 16/08/2009 22:15  Atualizado: 16/08/2009 22:15
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Usuário desde: 28/07/2008
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Mensagens: 2514
 Re: Pudor
Poema sóbrio, direto, consciente.
Sábias verdades versejadas em poesia.
Somos a matéria prima de nós mesmos,
matéria e artífices de nossa própria vida...
Parabéns pelos lúcidos e reflexivos versos !


Beijinho

Enviado por Tópico
ângelaLugo
Publicado: 16/08/2009 23:07  Atualizado: 16/08/2009 23:07
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Usuário desde: 04/09/2006
Localidade: São Paulo - Brasil
Mensagens: 14852
 Re: Pudor p/ João Marino Delize
Caro poeta João

A índole do ser é preciso
ser mantida...Lindo e
consciente soneto

Beijinhos no coração

Uma ótima semana

Enviado por Tópico
Betha Mendonça
Publicado: 17/08/2009 01:48  Atualizado: 17/08/2009 01:48
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Mensagens: 6699
 Re: Pudor
Além de bem composto o soneto através dele demonstra ser homem como poucos, João. :)
Bjins, Betha.