Direito à Indignação
Direito à Indignação assiste-nos,
Somos um povo milenar com conquistas ímpares,
Juntemos as mãos, caminhemos pela estrada do futuro
Com esperança e crença que governarão os melhores.
Tomemos o Leviathan pelos braços, transforme-se o Monstro,
Num berço de igualdade e fraternidade para os mais necessitados,
Galguemos a impunidade de políticos, construtores de sonhos e megalomanias.
Gritemos juntos Basta e vamos tomar as rédeas de um País que queremos sem vilanias.
Jovens, idosos, crianças, mães, avós.
Respondam à exortação e saiam para a Rua.
Caminhemos para os locais onde se discute o preço do Pão que queremos nas nossas mesas.
Caminhemos com segurança e convicção por um Bem maior. Somos a Geração.
A Geração da Criação, do Génio, da vontade de saber, de conhecer...
Não se desista de Portugal! Honremos D.Afonso, D.Manuel e Sá Carneiro.
O País é um projecto de todos nós... Não fiquemos impávidos a vê-lo cair!
Se tu soubesses
Se tu soubesses
Sim se soubesses o que atravessa minha mente
Em torrente do toque quente
Das tuas mãos em espiral pela minha carne viva
Se tu sentisses como eu sinto o coração a rebentar
Quando me queimas com as tuas mãos macias de amar
Se soubesses o que me moves
O que me fazes sentir quando estou contigo
A vislumbrar-te do alto do meu mundo de ilusão
Se tu soubesses o que me inunda o coração.
Ao lado do caminho.
Passou-me ao lado o propósito,
Ladeou-me o fito do discernimento,
Ultrapassou-me o sentir do entendimento.
Fugiu fulgurante o deslumbre do pensamento.
Corri ao lado do eléctrico do consciente...
Agarrei-me aos seus pórticos com força, mas caí,
Estatelei-me na calçada das estrelas sem norte e sul.
Perdi-me no Galáxia dos Sonhos desgarrados do Ocidente.
Beleza Suposta
Mais do que os olhos percepcionam,
Mais do que os sentidos auscultam,
A Beleza Suposta rasga horizontes.
De suposta que é, quão falsa se parece!
Elogio aos sentidos, um encanto para olhares.
Fugaz, vã e efémera...
Foge pelo tempo que não perdura,
Mais do que um olhar ou suspiro de mente.
Efémera é, efémera será perenemente.
A beleza é um estado de finitude e limite. De duração finita e refém da aparência, porém, a que reside na alma, essa é perpétua!
Ventre
O vento move
O calor do ventre
De uma Mãe eterna.
Aurora
Aurora
Rasga
A camisa.
A pele riscada
Pela tez lisa
Do Sol
Maduro.
Da vinha
Brota
Um lábio
De vinho
Argonauta.
Da planície
Vela
A Caravela
Alada
Da terra
Sulcada
Por mil eternos homens.