Luso-Poemas
 
Sonetos : 

Que pena!

 
Eu olho para a caneta aqui ao lado
Deitada sobre a folha de papel.
Na boca um azedo quase fel,
Um asco que me deixa arrepiado.

Parece uma amante rejeitada
Depois de esgotada a fantasia,
Sem risos, sem a mínima alegria,
Alguém que agora a mim não me diz nada.

Que pena! Que loucuras já fizemos,
Que versos atrevidos escrevemos,
Dois cúmplices do amor e da ternura.

Agora quase odeio o que escrevi.
Esqueço-me de tudo até de ti,
Caneta, companheira de aventura.

 
Autor
ImprovávelPoeta
Autor
Textos deste autorMais textos
Rss do autorRss do autor
EstatísticasEstatísticas
 
Texto
Data
Leituras
770
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
Enviar este texto a um amigoEnviar
Imprimir este textoImprimir
Salvar este texto como PDFCriar um pdf
2 pontos
2
0
0
Recentes
Parece que conheço há muito tempo
Que onda será esta
Últimos cartuchos
De novo esta dor que se acende
É manso este vento que enfuna
Aleatórios
Quem sabe?
A sua simpatia é comovente
O Encontrão
Que bom, se no teu sonho apareci
Muito ou pouco
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 05/10/2009 20:19  Atualizado: 05/10/2009 20:19
 Re: Que pena!
Não digas isso meu amigo. Tu és excelente. Um dos maiores fazedores de sonetos que eu conheço.
Elegância, sensualidade, matreirice.
Ergue-me essa pena.
Abraço Silvério

Enviado por Tópico
Amora
Publicado: 06/10/2009 00:45  Atualizado: 06/10/2009 00:45
Colaborador
Usuário desde: 08/02/2008
Localidade: Brasil
Mensagens: 4705
 Re: Que pena!
Perfeito, como de costume.
Sigo as palavras do José Torres:
Continua!

Um abraço

Links patrocinados

Páginas em

Páginas sobre