fogem mil anos de suor:
o grotesco está nas linhas,
na tragédia absorta e que
não se pode mais esconder.
o poema evapora,
o perfume fica,
trazendo a mancha
esquecida na tela.
quanto ao que penso,
não abro mais a janela.
o real distorce
e cansa.
a mentira é võmito
no chão.
todos podem admirar.
eu acho tão bonito
tudo que me cala
e que fito já
na minha descrença.
e nem consigo
lamentar o cheiro
que invade o ar.
não viro o rosto,
não ignoro,
continuo apenas
a olhar.
chiara
ainda não aprendi como assinar... as letras ainda me assustam...