Ás vezes pergunto
O porquê à solidão
Ás quatro paredes
Pergunto porquê o vão
De uma janela sem sentido
Apenas a noite me visita
A voz que ouço é a sua
O frio gelado do Inverno
Trás com ele a recordação
De que um dia também sonhei
Acreditei e cresci
Tantas vezes escrevi
Em terreno baldio a aspiração
Um entardecer confortável
Uma mão amiga em voz doce
Porquê a solidão
No conforto que as paredes transmitem
Parece tudo tão deslavado
Pergunto de que vale ter telhado
Se ele é de ferro fundido
Não deixa entrar o ruído
Das gargalhadas sinceras
Porquê a solidão
Nas horas serenas
Pergunto mas não tenho réplica
Acho que sou eu que murchei
Transformei o sonho e a resposta
Em algo que não imaginei
Mas ainda á pouco senti
Que pouco ou nada me importa
Igual á erva mirrei
Fechei a janela e abri a porta
Mas o sol passou e não vi.
Antónia Ruivo
http://porentrefiosdeneve.blogspot.com/
Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.
Duas caras da mesma moeda:
Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...