Poemas : 

Poema 23

 
.

à elsa



essa mulher em extremo primavera
de pólen e totens à ilharga cingidos imenso
que disfarçadamente acende colibris
plantados no ventre;

ela (e não outra) que me traz feliz e irreverente
até ao artelho do coração e há muito casulo
e uma certa rotina (extenuante, valiosa) que ao poeta
não lembra;

essa mulher, finalmente, na gare propícia,
acenando adeus, de olhos tingidos por muitos eucaliptos avessos;

ela (e não outra)
disfarçadamente sinceríssima // pronta

essa mulher em extremo

primavera


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MarioRevisited
 
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