O canto das searas
no equinócio do Verão
é amarelo no bico de uma cotovia
as fragrâncias são alianças
no dourado espigado pelas mãos...
Os sabores são doces
nas longas tardes longe do luar
as asas abertas
aconchegam os verbos
do pleno voar
com as colheitas aos pés...
O coração na natureza aberta
é a luz da liberdade
que as fontes de sombras
não encontram nos olfactos
tapados da falsa humildade
encobertas de inverdades gritantes!
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...