Sobre o que penso das pessoas desse sítio #.#.#

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Sobre o que penso das pessoas desse sítio




São todas, sem exceção, belíssimas.
Não posso ver de outra forma,
Não posso sentir,
Não posso conjecturar,
Fazer outra leitura, não posso.

Não consigo, não quero
E não tenho competência, não vejo.

Escolho e decido pela maravilha do espécime,
Decido que o homem
É esse mar revolto e belo.
Que o homem é essa floresta,
Fauna e flora,
Na delícia de se entredevorar.

Decido pela tragédia do homem,
Pelos abismos e precipícios,
De ser assim mistério e chispas.
De ignorar a si mesmo,
E se debater e sangrar,
E morrer tentando a vida noutro lugar.

Não sei recolher as mãos,
Fechar em punho por muito tempo.
Cansa não amar, adoeço.

Decido pela obra de arte do ser estranho,
Instalação em movimento, trôpego,
O mesmo homem, sempre,
Sob diversas maquiagens, esse verniz.

O homem vário conduzido pela aparência,
O homem igual,
Tudo sob a ótica transversa dos degraus.

Ah... tire o homem
E o mundo soçobra na falta de graça.
Tire o homem
E o mundo não saberá existir.





MF.06.09.13