Sonetos : 

Sem alarde...

 
Se viesse o meu amor por entre a tarde
E trouxesse nas mãos um sonho antigo
Eu juro, ficaria quieta, sem alarde
Não saísse o encanto pelo postigo

É que o tempo das cerejas é covarde
Ao meu peito trás a sombra em castigo
Assim que o coração se aventura e arde
Num terreiro em que busca um abrigo

Mas quem sabe troque as voltas em viés
Às trevas que circundam de antemão
E trespasse esta sina de lés a lés

E o tempo das cerejas então zele
Em cofre rubro o meu gasto coração.
Para que então nas cerejas o meu mel…

Poesia de Antónia Ruivo.


Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.

Duas caras da mesma moeda:

Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...

 
Autor
Antónia Ruivo
 
Texto
Data
Leituras
2926
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
4 pontos
4
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 12/05/2014 15:39  Atualizado: 12/05/2014 15:39
 Re: Sem alarde...
Poetisa,

Linda poesia!

Adorei a leitura!

Beijos,

Anggela


Enviado por Tópico
Robertojun
Publicado: 12/05/2014 15:56  Atualizado: 12/05/2014 15:56
Membro de honra
Usuário desde: 31/01/2014
Localidade: São Paulo
Mensagens: 2292
 Re: Sem alarde...
Olá, Antónia!

Lindo soneto.

Parabéns pela inspiração!

Ah, desculpe minha curiosidade,
mas o que quer dizer lés a lés?

Abraço,
Roberto Jun