Poemas : 

Dança Da Chuva

 
Tanto tempo que não chove
Vejo a relva seca sem florir
Nem um vento a folha move
O perene rio a se ressequir.

Defronte minha casa a lagoa
Agora é um lamaçal barrento
O dono é um velho avarento
Atolada na barreira a canoa.

E o ar seco incomoda a narina
Na rua de terra batida e areia
Quando passa a velha Belina
Levanta uma nuvem de poeira.

E as roupas penduradas no varal
Sendo sujas pela nuvem danada
Deixa dona Onça com cara de mal,
Mãos na cintura, com cara emburrada.

Até mesmo a garça sofre neste instante
Desesperada por um abrigo ela procura
Nada alivia. Nem um vento refrigerante.
Para este mal somente existe uma cura:

A chuva.
Mas as nuvens vadias são pirracentas
Vagueiam pelo céu sem lar nem raiz
Enquanto aqui só as lagoas lamacentas
Que não deixa nem um ser ser feliz.

E já não há mais índios para uma dança
Para invocar os deuses das boas águas
Lá fora morrem lentamente as plantas
Ao lavrador triste resta somente mágoas.

Espero do Olimpo, do Céu, De Odin
Que algum milagre por aqui se faça
Pois a vegetação anda a morrer de graça
E é tão triste ver a natureza daqui assim!



Gyl Ferrys

 
Autor
Gyl
Autor
 
Texto
Data
Leituras
1060
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
6 pontos
4
1
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 03/07/2014 10:13  Atualizado: 03/07/2014 10:13
 Re: Dança Da Chuva
A natureza em desequilíbrio inundações em outros lugares e aqui precisamos dançar para chuva,bom poeta Gil.

Rs bjs


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 03/07/2014 10:51  Atualizado: 03/07/2014 10:52
 Re: Dança Da Chuva
Um grito que vem dos olhos de um se natural que somos nós os homens. Isso é motivo de muita reflexãode preocupação. Pois nos ser humanoS destruimos tudo que vem pela frente, o nosso habitar, o meio ambeinte. Se isso continuar a chuva irá se acabar teremos que a terra molhar com nossa lagrimas, pois inda iremos muito chorar, por algo que náo ira mais se resplandecer, pela falta da água iremos todos morrer.

Um poema para ler e refletir