Fogueira na cachoeira

A Terra não tem os nossos medos…
o “fogo” não tem medo de ser (queimando ramagens, troncos e campos) nem do que será (um fogo apagado, talvez…)
o “rio” não tem medo de ser (“correr”, ser fluxo contínuo, embater em rochas e terra no seu trilho) nem do que será (um rio seco, talvez…).
Mas nós receamos o que somos e o que seremos, não sabendo aceitar o tempo como um “rio” ou um “fogo” que lhe são tão indiferentes.

Porém, quando a “cachoeira” cai na “fogueira” esta se apaga e, do resultado deste encontro, surgem as cinzas… Delas, poderá surgir uma fénix… ou um poema – como este teu
que nos traga um voo e nos faça reflectir, renovando-nos o olhar.