Sonetos : 

TORRES DE REFINO

 
Tags:  Sonetos 1998  
 
TORRES DE REFINO

Vê-se desde a janela d'onde habito,
Não as piras dos reis ou dos heróis,
Sim as chamas de octanas e fenóis,
Em gases a queimar sem qualquer rito.

Mesmo sem ser sagrado é tão bonito
Olhar na escuridão plenos faróis
As torres que destilam metanóis,
Alheias já do Olimpo ou do Infinito...

Durante cada noite e cada dia,
Por homens -- não por deuses! -- nos ardia
Aquela fogueira alta na paisagem.

Onde, sem a mais vaga metafísica,
As sarças vacilantes feito tísica,
Deixando contra as nuvens sua imagem.

Betim - 03 02 1998


Ubi caritas est vera
Deus ibi est.


 
Autor
RicardoC
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