Ouço música de acordo com aquilo que sinto
 Verso a verso  me arrepio da cabeça aos pés 
 Uma letra de canção, o meu labirinto
 E o labirinto que se emaranha quando sofro um revés
 Músicas são como páginas de um diário despercebido 
 Quantos segredos em suas páginas contém  
 Diário que medo tem de ser lido  
 Em si músicas se desenrolam lembrando alguém
 Nenhuma música hoje me faz pensar vazio
 E nenhum vazio é mais meu porto seguro
 Músicas poetizadas de fio a pavio
 "Mole'' como plasticina, mas faço-me duro 
 Nenhum vazio me acolhe mais de braços estendidos
 Pois até nesses vazios as músicas não param de rolar
 Até no vácuo do firmamento, me lembram momentos vividos
 Músicas que se desenrolam e não lhes consigo escapar
 Músicas que por vezes mataram minha solidão
 Quando pensei que nada mais restava
 Surgindo às vezes como sugestão
 Músicas que não conhecia, mas com elas sonhava
 Músicas que por vezes são chaves do meu eu mais profundo
 Onde escondo tudo o que tenho medo de mostrar
 Chaves guardiãs de meu mundo
 Chaves que só as dei a quem senti que as podia confiar
 Á meses que ouvindo músicas tento escapar desse lugar
 E libertar-me desta espécie de prisão
 Pois para esse lugar não posso arrastar
 A música predileta de meu coração
 Músicas me tiraram o medo de sentir
 Mas não tiraram o medo assustadoramente gigante de perder
 Músicas essas que meu eu e meu ego gostam de ouvir
 Músicas me mostraram o sentido de realmente viver
P.S.  As melhores músicas são aquelas que a chuva faz sentir, o sol faz inspirar e o vento faz escrever!
 
 
 
 
 
 
                
FidesinOculisMeis 2021