A instabilidade dos espaços a desdobrarem
falhas e desabamentos.
[ Versos inabitáveis corporizam
luz-memória a desvendar madrugadas. ]
Mãos cansadas aguardam um tempo de permeio
oculto num ponto de partida
onde o céu me sabia de cor e sonhava as flores da utopia
que tempestades secaram.
Nada sei do mundo
e aprendo com o sol as estações
que se renovam ou o movimento
das sombras que ascendem no horizonte.
Dentro do coração da palavra todas as
chaves serão minhas. O mundo
nasce lá fora alinhado no vento
das manhãs pintadas de fresco. O recomeço das cinzas
ou da viagem da alma
primeira guardiã do tempo.