Poemas : 

Rostos de silêncio

 




Como se as ruas fossem rostos de silêncio
sem portas sem janelas
e os passos se juntassem na inquietação da manhã.

Sei de mim a desordem do tempo
na epiderme dos dias
e o nada que resta dentro dos nomes
em que me desdobrei.

Tantas coisas se passam dentro da palavra
e nas mãos entorpecidas grades retorcidas
a esmagarem o verso

olhares indecifráveis
amarrados às raízes da noite.

Hoje sei de mim o sabor silvestre
nos lábios da memória

debaixo de sete palmos de terra.






 
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maria.ana
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