Poemas : 

Livro das Ofensas IX

 
Excelentíssimo Senhor Doutor e Esposa
Venho por este meio, por outro não ter
Felicitar-vos pelo advento do novo rebento
Ilustre herdeiro dessa astuciosa raposa
Cuja beleza e riqueza são dignas de ver
E intocáveis às mãos de gente sem talento

Fique vossa mercê sabendo por minha voz
Que me farei vosso humilde servente
De si, seu fruto e mais de sua comparte
Facto selado no meu tinto brinde a vós
E num abraço de afeto entre a gente
Que apertado se estende a toda a parte

Tereis, já o avanço, o sangue destas veias
A força inigualável e única deste touro
A rapidez de animal veloz que se esquiva
Em seus pés o calor de minhas meias
Seus longos fiapos tingidos de louro
E os olhos doces de sua diva

Terminarei deixando-vos uma súplica
Que me deixeis escrito o epitáfio certo
Na hora em que sucumbir minha alma
Aqui jaz quem fez dita obra pública
O Homem sem medos, audaz e esperto
Sinónimo de valentia e tanta calma

Finou-se sem qualquer ouro ou adorno
Num último esgar quando esboçou riso
Em normal ar maroto e de algum prazer
Deixou bem claro quem era o triste corno
O dentista que a eles devolvia o sorriso
E a elas a vontade de rir até morrer


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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