Sonetos : 

Não acredito em ninguém nem em nada

 
Não acredito em ninguém nem em nada,
Cerram-se-me os punhos e ranjo os dentes,
Sou o mais doente entre todos os doentes,
Até a minha própria alma é danada.

Dou mau hálito ao mundo, não o sentes,
Oca felicidade desmembrada?
Volátil sombra, crua e desalmada,
Vaidade ignóbil da gente entre as gentes.

Mea culpa sem peso nem medida,
O meu gozo é ao mundo virar costas,
E entregar-me às rimas com olhos cegos…

Ver-se-á para sempre por aí, sem vida,
A parte do que fui, de que não gostas;
Os meus egos no ar suspensos de pregos.

20 de Setembro de 2010

 
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ViriatoSamora
 
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