Há uma arrogância aparecida,
Espontânea e indesejável amargura
Num gesto desta, já gasta, vida
Que me distrai uma ténue ternura.
Condeno-me na tristeza de um dia
Pela arrogância irrefletida que saiu,
O controlo do momento que me fugia,
E o arrependimento logo me perseguiu.
Uma pressão, por isso, acumulada
Escorre-me, em lágrimas, pelo rosto
Como um grito duma alma aliviada.
Abre-se no meu perfil recomposto
Um sorriso de companhia agradada
E uma expressão de gentil no rosto.
tavico