Sonetos : 

Numa janela, da lua pedinte

 
Numa janela, da lua pedinte,
Em diáfana noite, fria e austera,
Parco auspício desta Primavera,
Aguarda a flor por mão hábil que a pinte.

É toda a beleza que nela impera,
Que fala à alma, sua melhor ouvinte,
Com voz doce de pureza e requinte,
Do pintor que, extasiado, a venera.

Com pétalas delicadas e finas,
Que na brisa dançam amedrontadas,
Ao poeta também tão descamisadas…

Batam-se, pois, em lutas fratricidas!
Às letras! Às cores mais destemidas!
Morta é a flor às gélidas orvalhadas.

21 de Março de 2021


Viriato Samora

 
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ViriatoSamora
 
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