Sonetos : 

Ide cobrir-te, que estás meio nu

 
Ide cobrir-te, que estás meio nu,
Espera-te um par por um pé de dança,
Não cuidaste trazer-lhe uma lembrança,
João Ratinho? E donde me vens tu?

Vim do rio, náufrago dum baú,
Carregaram-me, mas enchi a pança,
Ganhei lá mais do que em toda essa andança,
Aviando bruxos de Belzebu.

Te partam os raios, triste demónio!
Envergonhas teu velho pai, Sidónio,
Com tuas rebeldias depravadas…

Ó mãe! Te digo a verdade às carradas,
Que a moda é ter vozes escancaradas,
Pois tostões já não os quer Santo António.

14 de Janeiro de 2011

 
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ViriatoSamora
 
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