Sonetos : 

Sentado à palerma um parvo careca

 
Sentado à palerma um parvo careca,
Bateu no filho, cantarola o fado,
Virou-se de costas, vi-lhe a marreca,
E entretanto galgámos ao Chiado.

Seguimos apertados como gado,
Já Santiago é vizinho de Meca,
Cacei um ladrão com olhos de brado,
Aqui se passeia, se vai e se peca.

Chamam-lhe eléctrico, rompe a cidade,
Tem do sol a cor, da lua a paixão,
Nas ruas nunca soube ser afoito…

Todo o velho o lembra na mocidade,
Relincha nos carris esta canção,
Cantada por Lisboa no Vinte e Oito.

07 de Setembro de 2010

 
Autor
ViriatoSamora
 
Texto
Data
Leituras
24
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.