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Cicatriz

 
Qual o propósito da vida?
O que andamos por este mundo a fazer, se tudo aquilo pelo que lutamos não passa de um suspiro fugaz à escala do Universo?
De que valem as lágrimas, as desistências e as esperanças?
De que vale o medo, se um dia se dissipa ou a coragem se é finita?
Sendo a vida um paradoxo inexplicável (ou de explicação tão simples que se torna inacessível à compreensão Humana) de emoções, para quê tentar sequer defini-la?
A verdade é que passamos o nosso tempo a perseguir sonhos, sonhos que moem, sonhos que matam, sonhos que tomam as rédeas do auto discernimento e nos fazem perder qualquer sentido ou razão.
Sonhos que choram, sonhos que nos certificam de que estamos vivos, sonhos…
Mesmo que alcancemos um, não tardará a que outro tome o seu lugar fazendo com que voltemos à estaca zero.
Vivemos para superar. Superar outrem. Superarmo-nos a nós próprios.
A vida resume-se à conquista de sonhos.
Ou lutas, ou assistes passivamente à luta de outros que contrariamente a ti, têm a coragem de ir à guerra.
Sendo assim, e mesmo apesar da ironia paradoxal que é a vida, uma vez que existes vale a pena viver de forma completa, mesmo que por vezes pareça não valer o esforço.
Mas é assim que o mundo funciona e baseia-se numa luta constante pelo alcançar do impossível de hoje, esperando que se torne a realidade de amanhã.
A vida é uma luta e, ironicamente, nem sempre te sentes como um lutador, pois nem sabes como lutar ou se é que o podes deixar de fazer de forma intencional.
Confuso? É na verdade bastante simples.
Vives, sonhas, lutas, ganhas algumas vezes, perdes muitas, cais três vezes, levantas-te quatro e continuas a busca infindável do sentido da vida, pois quanto mais afastado estás, mais perto te sentes sem nunca te esqueceres que as cicatrizes que ficam da batalha não te caracterizam como perdedor mas sim como lutador.


*Vanessa*

 
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vanessa123
 
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