Poemas, frases e mensagens de Jose Braga

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Jose Braga

Feliz Encontro Fatal

 
Acordo estou vivo! Está ausente o meu inchaço matinal.
Já morreu há muito esta parte de mim.

Olho e vejo:

O sinal da foice negra
Maldita e perversa
Há espera de dar
O golpe fatal.

Arrasto esta carcaça velha em direcção da imunda sanita do prazer, minha mente defecta sexos desconhecidos que em tempos possui, sexos que para mim sempre foram como ruas sem nome.

Olho e vejo:

O sinal da foice negra
Maldita e perversa
Há espera de dar
O golpe fatal.

Acendo um cigarro. Será o último? Não sei nem quero saber.
Como é paciente a paz verdadeira desta espera.

Olho e vejo:

O sinal da foice negra
Maldita e perversa
Há espera de dar
O golpe fatal.

José
 
Feliz  Encontro  Fatal

Louco

 
Apelei.

Aos meus dedos vazios.
A tua pele.

Apelei.

Á minha inteligência sensual.
A tua sedução.

Apelei.

Ao meu mundo mortal e perverso.
Os teus devaneios.

Apelei.

Ao limite dos meus sentidos.
Descobrir teus mistérios.

É loucura inocente.
De um caminho sem fim.

José
 
Louco

Simbiose Da Paixão

 
É dor.

Quando teu olhar descansa
No labirinto do meu íntimo.

É dor.

Quando teus dedos tatuam
Palavras de fogo em mim.

É dor.

Quando teus lábios poisam
Nas minhas lágrimas rebeldes.

É dor.

Quando abraças meu mundo
Sinto em mim o pavor da tua ausência.

É dor.

Quando partes.

Quando ficas.

É dor.

José
 
Simbiose Da Paixão

Balada da Exaustão

 
Preciso de mim.
No interior lascivo dos teus pensamentos.

Preciso de mim.
Nos abraços que dás a homens sem fim.

Preciso de mim.
Quando tua mão me salva da berma da estrada.

Preciso de mim.
Na noite mágica em que durmo contigo na cama.

Preciso de mim.
Nos teus orgasmos cruéis no meu sangue.

Preciso de mim.

Preciso de ti.

Longe de tudo.

José
 
Balada da Exaustão

A Puta de Vida

 
Sempre que passei por ela só sabia dizer boa noite.
No seu posto de trabalho de puta, fizesse chuva,vento,frio, para ela as noites eram sempre iguais.
Seu olhar de desejo falso embriagava o mais experiente!
Neste momento pergunto a mim o que faço neste quarto imundo, vendo seu corpo nu numa cama por desfazer dormindo.
Paguei um valor não negociado para conseguir chorar meus pesadelos nos seus belos seios.
Não sei o seu nome.
Que interessa?
Nada!
É um corpo que transmitiu o calor necessário para aliviar uma alma perdida que já não aguenta, sorriso falsos, promessas não compridas, amizades só de nome, estou farto.
Farto, chega vou fechar a porta ao mundo sem dar volta á chave.
Ela dorme profundamente, admiro seu corpo já marcado pelas farpas da vida.
Sorri, paguei para não ter sexo só precisava de um aconchego que levasse minha mente a percorrer os caminhos das caricias daquela que deu gritos de dor para me lançar neste mundo de merda.
O que estou a viver neste momento é de certeza o mais honesto.
Abençoada puta.

José
 
A  Puta  de  Vida

O Aroma

 
Quando sinto.

A tua cega entrega.

Quando sinto.

A explosão do teu libido.

És como a terra.

Libertas essências.

José
 
O  Aroma

Secretos Pavores

 
Mergulhamos na boémia

Dos nossos pensamentos.

Sentimos o flagelo do nada

Desarticulamos o prazer.

Nossos corpos inflamam

Ao som do tango dos amantes.

Um último olhar de ciúme

As secas lágrimas da despedida.

Fica... Não vás... Fica

José
 
Secretos Pavores

Degredo

 
Nada peço.
A todos aqueles sorrisos
que largam o sal
nas minhas feridas por fechar.

Nada peço.
Às palavras encantadoras
marcadas
com o designo do nada.

Nada peço.
Aos olhares de esperança
sem sinal
do porto de chegada.

Nada peço.
A mãos que estendem
fechadas
grãos de areia.

Sim peço.
Voltar à minha estrada
sem trevas
pelo trilho da paz.

José
 
Degredo

Insânia

 
És fera !

Teu olhar de fogo

É como quem dobra

Uma esquina da vida.

És fera !

Teus lábios insolentes

É como uma espada

Que atravessa um corpo.

És fera !

Teus suspiros envolventes

É como um sopro de morte

Numa cama sem vida.

És fera !

Teu cheiro, teu sabor

É como uma prisão

Perdida no meio do nada.

Tenho teu inferno como destino.

José
 
Insânia

Desafio

 
Vem.

Vou revelar um segredo teu !

Despe-te.

Sem medo.

Meu espelho espera-te.

José
 
Desafio

A Luz

 
Dei, minha mão perdida ao desconhecido.
Passos sem rumo no lamaçal da vida.
Palavras simples enxugam lágrimas rebeldes.
Sou eu ?
Não sei!
Não sei!
É azedume o sabor da minha pele
Não encontro a minha porta aberta
Meus sorrisos são pedidos de paz.
Sou eu ?
Não sei!
Não sei!
Sei,
Que o mundo não pode esperar.

José
 
A   Luz

Almas Nas Trevas

 
Uivo cortante ecoa na noite.
Começa a dança triste.

Corpos em movimento.
Lançam olhares sedentos.

Mentes em ejaculação.
Veneno de mão em mão.

Sentir sexos desconhecidos.
A flamejar penetrando sem medo.

Sentado á entrada do inferno.
A reclamar a grama do paraíso.

Faca que penetra no incauto.
Sangue que lava a insaciável loucura.

Predadores e presas sentem o terror.
Nos primeiros raios de luz.

Regressam ás suas tocas vazios de tudo.
Assumindo o fardo do triste fado.

José
 
Almas Nas Trevas

Sem Culpa

 
Peço-te perdão.

Entrei sem pedir
no sossego do teu
jardim deserto.

Peço-te perdão.

Despertar em ti
desejos escondidos
do teu íntimo.

Peço-te perdão.

Em sonhar um dia
bailar contigo
a valsa da sedução.

Peço-te perdão.

Mas não vou perdoar-te
se me pedires um dia
parar esta penitência.

José
 
Sem  Culpa

O Guardião

 
Guardei !
Em segredo
Teu sonho
De menina
Atrevida.

Guardei !
O cheiro
Do teu corpo
Entranhado
Na minha pele.

Guardei !
Em silêncio
Teus gritos
De orgasmos
Orfãos de amor.

Guardei !
Frases tuas
Sem tempo
No interior
Do meu tempo.

Não guardei !
Meu sonho
Cheiro do meu corpo
Meus orgasmos
Frases sem tempo.

José
 
O Guardião

O... Frio

 
Sou canalha !

Sim sou um canalha !

Cravei bem fundo em ti.

Minha adaga da sedução.

Bebi num ápice teus sonhos.

Só resta de ti meu corpo sem vida.

José
 
O... Frio

Santa Nocturna

 
Mulher.
Mais uma noite de viagem
alucinante por corpos
desconhecidos.

Mulher.
Sorris nas esquinas
lanças olhares sedutores
cheios de dor por uma vida
que nunca foi tua.

Mulher.
Cães raivosos insultam
a tua sina e gemem
de prazer sobre teu corpo.

Mulher.
No limite da tua paciência
é mais uma noite perdida
na crueldade da tua existência.

Mulher.
Regressas ao nascer do dia
suja,imunda, sentes nojo de ti
mas pura na alma que estará
á venda nas esquinas do sofrimento.

Jose
 
Santa Nocturna

Amanhâ á Mesma Hora

 
Intenso!
Quando o teu olhar se cruza com o meu,
sinto-me prisioneiro, sei que dizes milhões
de palavras que não consigo decifrar.

Intenso!
Quando o desejo lascivo do teu olhar,
poisado no meu incomoda,
tua paz aparente.

Intenso!
Quando o silêncio do teu olhar,
pede que eu avance sem as amarras
do preconceito e pudor.

Intenso!
Quando levas aos lábios os café matinal
e pelos espelhos do espaço envolvente,
desnudas-me violentamente.

Intenso!
Quando sais, olhas como se eu fosse
uma questão de tempo no teu
museu de troféus.

Intenso!
Quando olho para mim
e um sorriso malandro baila
no meu próprio olhar.

Será que consegui seduzir-te?

José
 
Amanhâ  á  Mesma  Hora

Eu em Devaneio

 
A chuva vai abraçando aos poucos meu corpo
meus dedos tremem, é demasiado fardo de espinhos
que flagelam esta carne de sangue sem cor.
Não sei o caminho das palavras, à palavras que nos matam
outras que nos salvam, não passam de atalhos sem fim.
A paixão da mulher é como as ondas do mar
que arremessam pedaços de agonia por
corpos perdidos nas tábuas da perdição.
Nunca consigo entender este lápis !
Descreve pensamentos meus, navegantes
em águas de calmaria envolto em tormentos.
Consegue um homem amar a fantasia da sua escrita ?

José
 
Eu  em  Devaneio

Doce Abismo

 
Amei-vos na escuridão
da minha agonia.
Renasci das cinzas
numa hora sôfrega.

Não sou contenção.
Sou excesso !

Com medo da morte
não parei no limite
dos vossos sedentos
e desejos mordazes.

Não sou contenção.
Sou excesso !

Vou esconder minha alma
no segredo dos vossos seios.
Quero enganar a bela morte
com o sorriso dos vossos sexos.

Não sou contenção.
Sou excesso !

José
 
Doce  Abismo

Dois Dedos de Conversa

 
Cai como uma árvore quando abatida.
Almas desconhecidas em pânico, quando eu só pedia silêncio.
Soltei-me daquele corpo, sento-me aliviado na berma do passeio assistindo ao espectáculo que é o fim da vida.
Ele sentou-se ao meu lado, sorriu, vestido de negro e acendeu um cigarro negro soltou no ar uma imensidão de fumo também negro.
-Chegou a minha hora ? Perguntei sem desviar o olhar daquele corpo inerte e frio.
Ele sorriu novamente, olhou para aqueles rostos de pânico e disse.
-Pobres de espirito! Tanto medo da paz eterna.
É favor de sair da frente eu sou médica.
Desapertou-me a gravata e também a camisa, colocou dois dedos no pescoço daquele corpo que eu já sentia não ser meu.
Começou uma dura luta com respiração boca a boca, com as mãos forçando o peito em movimentos perfeitos.
Estava a gostar de todo o seu desempenho, sua boca encaixava na perfeição na minha, seus cabelos soltos sobre meu rosto eram como sopros de vida.
Estremeci!
Olhei para ele, concentrado na luta que a médica tratava com o meu corpo, algo não estava certo.
Sem desviar o olhar, e com um ar de compreenção disse.
-A tua hora ainda não chegou, vais voltar porque nasceu aqui uma nova oportunidade para a vida miserável que sempre levaste.
-Não entendo o que quer dizer1 Sentia um misto de querer ficar e também voltar.
-Ela está a salvar-te porque precisa de ti, eu posso esperar mais uns bons anos, mas ficamos com encontro marcado, agora vai e vive esta paixão até ao limite que garanto que é a última.
De volta abri os olhos ao mundo, o olhar dela cor de mel deram-me as boas vindas, seu sorriso fechou a porta da minha escuridão, pelo seu nariz de Cleópatra senti o sopro de uma nova vida,lábios esses ainda sentia o sabor nos meus.

Doutora quer jantar comigo ?

José
 
Dois Dedos de Conversa