Poemas, frases e mensagens de Catópode

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Catópode

É de uma tristeza insânia… ver-te por de traz das lágrimas …escutar-te no meio dos pingos…

 
É de uma tristeza insânia… ver-te por de traz das lágrimas …escutar-te no meio dos pingos…
 
Minha linda menina!

Os olhos já estão mais crescidos que as pernas …
Arrojão como os pés, de tristes que estão.

Mas Chegou a hora de partilharmos esta tão nova solidão.

Olha … Já está escorrendo, feito mar, longe do horizonte...

Vês … Já está alargando o vazio feito a escuridão …

Escuta …Já vai chorando a música triste do desalento…

Espera um pouco … Não faz sentido deixares razão longe do sentimento …

Vá …
Abraça-me …
Este é o teu peito ruindo feito muralhas …mas ainda dispões das flores do campo …

Não chores… Não deixes o coração inacessível ao mundo …

Continua aqui, diante dos meus olhos e saberás que a chuva é azul
E o céu… Um reflexo teu …


Não fujas …. Desliga antes essa tristeza do rosto e vamos construir um sorriso novo …Juntos …
 
É de uma tristeza insânia… ver-te por de traz das lágrimas …escutar-te no meio dos pingos…

Ventre de peixe

 
Ventre de peixe
 
barbatana
magoada
calejada
fora de água
esperando
a mesma
metamorfose
das larvas
que fazem
da tua
pele
a seda
dos
seus
dedos
 
Ventre de peixe

Viagens da tua presença tão presente…

 
Viagens da tua presença tão presente…
 
Já não existem solidões tão sós como antigamente…
agora, são rodeadas de muita gente
que conhece a nossa roupa de sempre
menos o coração que chora
a verdade ausente
de uma alma incompleta

sem o sentimento
da nossa
tão nossa
complacência ….

A consciência plena que somos
infinito nas entranhas da pele
no único lugar onde as lágrimas
não sagram os olhares
como as letras no papel …
como horizontes nas tardes …

E sobra …
o silêncio
tão denso da tua boca
quando as palavras
chegam
amarrotadas
depois de escritas
na tristeza do momento
que me apetece deixar o mundo
e ir ao teu encontro…
como poema no teu dorso…
 
Viagens da tua presença tão presente…

Somos catecúmenos perante a sua alma de anjo …

 
Somos catecúmenos perante a sua alma de anjo …
 
A alma voa
Porque é maior que o coração
E se a prendem
Ela se solta …

Uma alma com esqueleto de flor
Mas braços fortes
De árvore…
[precisando de suster o amor nas suas folhas, quando as asas abraçam o céu no alto ar …]

Umas das formas de a sentir
É nascer no seu ventre
Como poema
Como estrela …
Ou como semente…

Outra das formas de a contemplar
É retirar todas as grades do peito
Inclusive os pelos
E esperar que ela poise ….

Outra,
É esperar
Pela primavera
Sempre que escreve …
Nos seus quadros…
De escritora … lente

Um poema dedicado a um coração fértil e delicado, que nos ensina a madrugar com amor, nos dias incertos …neste mar de porcelanas e de dores…

(espero que as suas penas não a levem para longe deste lugar)
 
Somos catecúmenos perante a sua alma de anjo …

Devias me ter dito …que era uma lágrima incompleta de um amor antigo .

 
Devias me ter dito …que era uma lágrima incompleta de um amor antigo .
 
Nascendo gelo,
Fizeste-me sentir
Uma gotinha doce
Descendo
Num cantar
De águas …

Agora que cheguei a este manto temperado,
Percebo que fui enganado este tempo todo.

Apenas sou uma goteira
De um céu cansado…
De amar o mar com gosto a sonso…
Que tinha a ilusão de voltar ao olhar que me pariu …
Ao ventre de todos os choros do mundo …

E tu,
Foste aquela brisa
Que "buziava"
As vistas
De azul …
 
Devias me ter dito …que era uma lágrima incompleta de um amor antigo .

A janela moderna …da sala de espera …de um coração …

 
A janela moderna …da sala de espera …de  um coração …
 
Do lado de dentro da vista ,
Riscada
Que os outros
Não reparam…

Existe uma jaula corpo
Vaso alma
Tálamo virgem de gozo

Podemos até tentar encontrar no lado de fora
O sonho
Que sentimos cá dentro
Mas logo sentimo-nos presos
Pois a esperança mora longe
E veste Prada ….
 
A janela moderna …da sala de espera …de  um coração …

A tua ausência = uma noite interminável sem luzeiros celestes [ na terra e no céu ]

 
A tua ausência = uma noite interminável sem luzeiros celestes [  na terra e no céu ]
 
Teus passos como as estrelas
Tuas letras como os astros
Tua alma como o espaço
Tua poesia como o céu estrelado.
E nos traços do caminho
O brilho é o teu rasto
Umas vezes escrito
Outras
Descosido nos lábios…

No entanto
Vestiste a neblina do silêncio
Deixando de ser
A aurora no raiano dos olhos
O horizonte de pijama
A noite sorridente
A alma bramante em suaves passos
O íntimo colado aos dedos
Nos avessos emigrados
Da pele

Diz me o que faço?
Com todas as palavras vastas
Todas as vistas inauguradas
Todos os sonhos desguarnecidos
Se deixaste a escuridão do céu
No nu do chão
E um vazio
Com dimensão do teu coração
No holocausto do peito
No rescaldo de uma paixão
 
A tua ausência = uma noite interminável sem luzeiros celestes [  na terra e no céu ]

A inércia das Borboletas esvaece as asas …

 
A inércia das Borboletas esvaece as asas …
 
Muitos

Somos

Reféns da imortalidade dos sonhos

Presos na carne como prisioneiros

Jarretando as asas da alma

Num pernear… inverso da larva
 
A inércia das Borboletas esvaece as asas …

Desovar todo um amor em ti …sereia do meu rio …doçaria de um mar antigo…

 
Desovar todo um amor em ti …sereia do meu rio …doçaria de um mar antigo…
 
Continuo a ser esse salmão de cor morta,

que sonha em voltar à nascente de ti

contraindo a corrente viril do tempo e

de todos os degraus invisíveis que nos

apartam das lembranças… levando-me ao

céu de um beijo teu…por colorir …

[nos ombros, no pescoço, nos quadris do teu regaço...no espaço entre meus lábios, desarrumados de prazer]
 
Desovar todo um amor em ti …sereia do meu rio …doçaria de um mar antigo…

Recordar-te ...

 
Recordar-te ...
 
... é doar aos silêncios, a esperança do amor… por mais entristecidos pela dor ruminadora…

A alma voa
Porque é maior que o coração
E se a prendem
Ela se solta …

Uma alma com esqueleto de flor
Mas braços fortes
De árvore…
[precisando de suster o amor nas suas folhas, quando as asas abraçam o céu no alto ar …]

Umas das formas de a sentir
É nascer no seu ventre
Como poema
Como estrela …
Ou como semente…

Outra das formas de a contemplar
É retirar todas as grades do peito
Inclusive os pelos
E esperar que ela poise ….

Outra,
É esperar
Pela primavera
Sempre que escreve …
Nos seus quadros…
De escritora … lente
 
Recordar-te ...

O medo da duna …

 
O medo da duna …
 
Afastamos o bondoso pescador do nosso pequeno deserto de areia.
Não acreditamos no que ele nos diz…

Ele apenas grita suavemente a brisa soprando:
- O mar é a seguir à duna …

Na verdade, preferimos a perfeição do sonho idealizado

Supomos que um dia o azul infinito se tornará eterno nos nossos lábios
Tocados por um beijo de um náufrago, chegando com o seu barco de papel …
Para isso basta ficar …esperando …
 
O medo da duna …

Quero ser céu …mas não posso ser o teu …

 
Quero ser céu …mas não posso ser o teu …
 
Quero voar
Repetir acenos de asa …
Em todas as partidas
Sem as lágrimas …
Sem a prisão do chão …

Quero morrer
Voltar a ser ave
Tornar-me leve
Fora
Da gaiola
Feita de carne

Quero ser gota …

Quero ser o contrario de ti,
Que te tornaste
Sede
Fora da boca …
E renasceste mar…
 
Quero ser céu …mas não posso ser o teu …

Amantes de verão…

 
Amantes de verão…
 
Desalinharam os dentes
Num torcer de línguas …
Chamaram de beijos,
Essa tentativa assassina
De se comerem …

E se esvaziaram …
No quarto
Entre amanheceres…

No final do verão,
Trocaram contactos e moradas erradas
Para que o destino não coincidisse com o destinatário…

E assim voltarão a ser estranhos
Depois de partilharem
Um milhão de suores,
Entornados de paixão nos corpos…
Um desporto chamado sexo
Um tempo achado sem o afecto,
Intimamente desejado
No coração …
 
Amantes de verão…

O pacífico transborda diante de um robalo…

 
O pacífico transborda diante de um robalo…
 
No lugar onde moro, o sentimento tem nome de peixe e a emoção nome de mar oceânico …

É frequente ouvirmos alguém a dizer:

- “Os meus cardumes são verdadeiros por ti…”

- “É com muito índico que me despeço …”
 
O pacífico transborda diante de um robalo…

Sempre que chegas a este cume do Buçaco e escreves com a tua alma …ficamos inundados de palavras mestras …

 
Sempre que chegas a este cume do Buçaco  e  escreves com a tua alma …ficamos inundados  de palavras mestras   …
 
Sempre que chegas ,
Se formam lágrimas de contentamento …
Nas fendas…

Na pele…

Nas células…

Nas telas retumbantes
Do céu…

Sempre que os teus olhos falam letras ,
Tudo à minha volta se encolhe num poema …

Nas profundezas
De um mar ardente…

Correndo como menino …

Como ave peregrina,
Iniciando o primeiro voo
No infinito das linhas…

Sempre que partes ,
O silêncio despenha meu coração
Ruindo cada gosto
Fardado
Em meus ombros ….

Deixando o mofo nos lábios
E um fado sem gente …

Poema dedicado á ave Oceanites oceanicus …por outras palavras, à ninfa deste mar …por outras palavras ,à fada mais bela deste lugar…
 
Sempre que chegas a este cume do Buçaco  e  escreves com a tua alma …ficamos inundados  de palavras mestras   …

Só ele pode voar nos teus braços

 
Chegou como pássaro misterioso,
Trazendo na boca
O gosto a primavera ...

Acordando
Todos os sorrisos
Da tua pele...

Todos os sonhos
Engavetados
No coração…

Se tornou gigante na delicadeza dos teus olhos ...

Sabia como ninguém todos atalhos … todos o trajectos da tua felicidade …

Despertou o amor e agitou suas asas para longe, deixando a saudade imatura e todas as verdades sedentas de toque…todos os sabores com fome…

Rezo, para que um dia ele volte, ao colo do teu ser e os dois, possam renascer no afecto …

Apesar de saber, que fui um dos tais que soletrou o sentimento no teu ventre, mas nunca poderia estar presente no seu interior …

Um dos tais, banais …que deu flores e beijos nas pálpebras…mas nunca soube ser digno do teu amor …
 
Só ele pode voar nos teus braços

Ouvistar = audição do olhar…

 
Ouvistar = audição do olhar…
 
Tenho “ouvisto” aquela mulher da rádio
Que veste a melodia fina e tão perfumada
Das palavras sino …das palavras gancho…das palavras pombo…

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Há aquele menino, reinante, a “ouvistar ” os ruídos coloridos dos turistas de pele tão lavada, que as suas barreiras dérmicas parece mais com a placenta dos golfinhos…

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Está na hora de “ouvistar ” a saudade incómoda da brisa, admitida pelo mar bravo …quem me disse foi um pássaro de cor mármore que anda a “ouvistar ” as fronteiras mediterrâneas dos dois lados das praias e dos lagos ….

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Um olho no ouvido, outro no mundo ,porque dois sentidos juntos, alcançam mais ondas, “ouvistadas ”…
 
Ouvistar = audição do olhar…

Não sei como idealizas o amor !?

 
Não sei como idealizas o amor !?
 
Minha avó ensinou-me que o amor é como o queijo fresco .

Não necessita de muitos ingredientes, só de dois …depois, basta juntar dedicação infinita, um tempo preciso, um lugar ideal para que a união dos temperos não azedem e se moldem de forma compacta e equilibrada …

Na minha vida esperei que o amor fosse dessa simplicidade tão difícil de alcançar …

Por isso procurei o outro “ingrediente “ a alma gémea que todos sonhamos encontrar…

Errei, sobrevoei o céu, mudei de continente há procura desse chão com a mesma cor dos seus olhos …

Depois de muitas tentativas, resignei-me nos braços de um mártir …de uma causa emancipada de Deus vivo...

Mais tarde, numa tarde de domingo, ouvi a minha avó dizer que o segredo para realizarmos o melhor queijo fresco é sermos exigentes connosco mesmo e percebemos que podemos melhorar sempre ….
Em forma de desabafo me dizia que ainda sonha em fazer o melhor queijo de sempre …

Talvez meu erro, foi não perceber que temos de ser dignos de encontrar essa alma, e quando a encontramos, fazer de tudo para não deixarmos de ser a mesma alma que a outra pessoa sempre procurou …
 
Não sei como idealizas o amor !?

Teus dedos tristes …

 
Teus dedos tristes …
 
Os dedos fechados
Servem de lenço
Para limpar os olhos …

Percebi isso,
Quando olhei o céu
Concentrado
No teu rosto...
Fugindo
Devagar
Nas mãos cheias de mar


Os dedos fechados
Servem também
Para substituí os lábios
No adeus …

Entendi isso
Quando
No silencio da boca,
As vogais desistiram de soar.
Sobrando o instinto
De acenar …
A solidão nova
E a saudade fresca
De um amor estampado
Na pele
Indizível da alma...

Espero que esses dedos fechados
Se curvem para cima
E me convoquem de novo
A ser a tua menina …
 
Teus dedos tristes …

sonhar… uma forma bela de sentir o céu

 
sonhar… uma forma bela de sentir o céu
 
nos olhos inocentes de uma criança
as estrelas adormecem de dia

no teu coração de ave “flaminga”
as estrelas são mais felizes de noite

para mim
o sentir do teu peito
é um céu azul
aberto
no recreio dos astros
no saudável desassossego
de todas as luzes que correm para o teu abraço …
 
sonhar… uma forma bela de sentir o céu