Esta onda
curva do mar nas mãos.
A noite nas escuras mãos
faz nascer o caudal dos dias no
acto das tempestades violentas dos quartos.
E tu que me adormeces embalando-me gestos no meu
peito, abrigo de pássaros e marinheiros, sentes que parece cedo fazer a viagem dos olhos fechados aquele lugar do tempo viciado das paixões e das guerras.
Esta onda
curva do mar nas mãos
respiração que faz os pássaros e a atmosfera e tu pela cidade sobrevoando qualquer corpo que te apeteça a duvida do amor.
A dúvida forte do amor e da guerra.
Alguma ideia há-de ficar no sangue. A primavera que se pode beber e se envenenar suave de pássaros e raios de arco-íris
Lobo 05