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Basta

 
Não sei ao certo quem sou eu. Não sei porque continua a haver um eu. As palavras que eu quero dizer não me saem pela forma de poesia, e não me sai da cabeça o que quero dizer.
Digo basta!
Basta que me olhem como um ser insignificante. Basta que se olhem com tantas dúvidas e preconceitos! Eu que vivo todos os dias com ansiedade, eu que me sinto sufocado neste instante quero falar!
Não me interessa o que pensem de mim porque 99% do que pensam está certo, portanto não é a ameaçarem-me com a verdade que me deitam abaixo. Eu sinto-me tão sufocado com este clima de prisioneiro, quero ver o mundo, por mais injusto que seja. Quero crescer perante ele e ensiná-lo as boas regras da justiça. Quero ser eu!
Quando me levantar amanhã, farei a mesma rotina, olhar-me ao espelho para poder dizer que estou no bom caminho. Para poder dizer que continuo vivo perante toda as maquinarias que utilizam para me derrubar!
Eu não sei se de mim têm inveja ou raiva por ser às vezes tão firme. Por mais que digam para não ir por esse caminho, eu irei sempre escolhê-lo. Corre a ignorância do que acharam correcto (materialismo) nas veias de todos os que me rodeiam. Acho poucas excepções que resistam a essa forma de pensar.
Olho a vida com mais lágrimas que da primeira vez. Visto agora o branco para me destacar do negro. Escrevo com mais força pois pode haver alguém que me veja com outros olhos.
Pode haver alguém que me leve para os caminhos do amor e da paixão, pelos caminhos nunca antes por mim explorados.
Que se danem as vossas morais egoístas. Que se matem as vossas formas de me mudar. Que desapareça essa minha prece de amor. A minha vida é um furacão ceifando cidades, é um jasmim num jardim de rosas, é um grito que se pronuncia perante os murmúrios.
E eu continuo sem saber quem fui. Continuo sem saber o que serei. Mas sei que sou simplesmente eu!


Pedro Carregal

 
Autor
PedritoDomus
 
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