Sonetos : 

Soneto da atormentada alma

 


Trago atormentada alma, não escondo a perversidade da jornada,
para obter perdão, livrar o homem condenado é preceito divinal.
Tão caídos espíritos celestes no preito não olvidando a revoada,
tímidas pombas aos pés espargindo pó de luzes diante do castiçal

Visitar santuários onde deuses habitam; esconderijos secretos,
a medirem o valor da Arca na nua forma humana um dia apoiado.
Contaminados sinais divinos nos conceitos ilegítimos-concretos,
como almas se desdobrassem nas asas [de Satanás] já em pecado.

Aos servos primeiro! Quando exemplo de santidade era rebento,
dizer Amor... Deus blasfemado, violentando a raiva sanguinolento,
reunidos turbulentos nos corações sem desejo de se dar passiva.

Ah! perdoá-lo... dizê-lo livre do inferno sombrio nenhum recato,
o ventre em chamas [queria saber] se morrer para viver imediato,
acaso sabe da compaixão como mirar-se mansas águas de regato.

 
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ReflexoContrito
 
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