Sonetos : 

Soneto das [tuas] palavras vãs

 

A mesclar invernos e verão, a morte não aleija a reputação,
têm hábitos diversos e pontos de vista bastante diferentes.
Não por acaso há mais de uma estrada que deixa livre opção,
nelas calcando os pés, despiciendo palavras vãs e insolentes.

Argumenta a separação é impossível esquecer as palavras,
porque há duas estradas à frente, covardes são os punhais
não encontrar a resposta certa aos abantesmas nas lavras,
as divergências não foram como deveriam ser dos anais.

Havia cortinas em volta do espelho... não.... não vou repetir,
ele na câmara jazia e secas já eram as rosas das adornadas,
mas não a minha morte. Se inesperado, inútil a alegria rugir.

Olhos ainda estão cegos lembrando os engodos das noites,
a beleza das palavras nas messes de outrora tão cobiçadas;
os espinhos afiados, nas brumas da ira vergastas açoites.


 
Autor
ReflexoContrito
 
Texto
Data
Leituras
485
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 07/07/2016 14:55  Atualizado: 02/01/2019 18:32
 Re: Soneto das [tuas] palavras vãs
"Havia cortinas em volta do espelho..." Mas quem haveria de observar através da neblina das línguas? e dos "os espinhos afiados"?
Lembrei-me da trava no olho, rs!