Poemas : 

Há sempre relâmpagos ao fim do dia meu amor que bebem pelo menos as paredes do Outono que aqueço

 
.
.

Ao
falar-te dos cardos posso
estar
a referir-me aos barcos
que passam
pelo anoitecer. Aos
barcos
à entrada do
mar.
À entrada. E das
gemas desatadas do xaile que agora
bebo, Meu
amor


Eugénio Trigo

 
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TRIGO
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Enviado por Tópico
TRIGO
Publicado: 09/06/2018 13:05  Atualizado: 09/06/2018 13:06
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Localidade: Cabeça-Boa - Torre de Moncorvo
Mensagens: 2309
 Re: Há sempre relâmpagos ao fim do dia meu amor que bebem...
.
.

Perde-me a lua meu amor. Perde-ma.

E dá-ma com o tamanho de uma rosa.



https://www.wook.pt/autor/eugenio-trigo/2027841

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 09/06/2018 15:46  Atualizado: 09/06/2018 15:46
 Re: Há sempre relâmpagos ao fim do dia meu amor que bebem...
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A comunicação de uma experiência sensorial é sempre uma tentantiva frustrada, mas, em poesia e nas artes em geral, é essa frustração que tem valor, pois é parte integrante da beleza que procuramos.
Talvez não tenha nada a ver, mas ocorre-me a história deliciosa (e muito provavelmente fictícia) de uma mulher que, perante um quadro de Matisse, se indignava: "Que coisa absurda! Nunca vi uma mulher de barriga verde". O pintor responde calmamente: "Minha senhora, isto não é uma mulher, isto é uma pintura".